Os cuidados com a pele, ou a rotina de skincare, como ficou conhecida, tem ganhado muitos adeptos nos últimos tempos. As pessoas estão cada vez mais atentas aos produtos e dicas para alcançar a tão sonhada pele de pêssego, com uniformidade e livre de manchas e rugas.
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No entanto, embora o skincare tenha ganhado o coração dos brasileiros nos últimos anos, muita gente ainda pula uma etapa fundamental dos cuidados com a pele: a proteção solar, que deve ser aplicada mesmo em dias nublados e dentro de casa.
Segundo uma pesquisa feita pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), 62% dos brasileiros não utilizam o filtro solar diariamente, aumentando as chances de aparecimento de manchas e câncer de pele.
“A pele é um órgão que fica exposto ao meio ambiente e, portanto, sofre com as agressões diretas dele, como radiação ultravioleta, poluição, vento, frio e calor. A radiação ultravioleta proveniente do sol é um fator importante na formação de diversas doenças de pele, como o câncer de pele, além de levar ao envelhecimento precoce”, explica Andrea Bauer Bannach, gerente médica em dermatologia de Profuse, marca de dermocosméticos do Aché Laboratórios.
Portanto, mesmo que a pessoa não se exponha ao ar livre, é necessário aplicar o protetor solar todos os dias. Isso porque a radiação refletida por algumas superfícies como telas de computador e celular, também podem atingir a pele indiretamente.
“Hoje, sabemos que a radiação visível, ou seja, a luz emitida por lâmpadas e telas, também pode agredir a pele. Em especial a luz azul, que gera radicais livres e um processo de oxidação que leva ao envelhecimento precoce, piora o melasma [as marcas escurecidas na pele] e causa perda de colágeno”, afirma a especialista.
Como escolher o protetor solar
Para incluir o protetor solar na rotina, a dica é saber escolher o melhor produto para cada tipo de pele, garantindo que ele não seja um incômodo no dia a dia. Pessoas com a pele oleosa ou com tendência à acne, por exemplo, devem apostar em fórmulas oil-free. Já quem tem a pele seca, pode procurar filtros com ativos hidratantes, como a vitamina E e o ácido hialurônico. As peles com marcas escurecidas devem priorizar produtos com cor para formar uma barreira extra de proteção.
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“Os critérios de escolha são variáveis e devem ser adaptados de acordo com a rotina e preferência do paciente. É importante achar um protetor solar sensorialmente agradável. A única regra obrigatória é o FPS de no mínimo 30 para a população geral e FPS 50 para pessoas com antecedente pessoal ou familiar de câncer de pele. O ideal é que o protetor solar seja recomendado pelo médico dermatologista, que saberá avaliar cada caso”, orienta a dra. Andrea.
Ao praticar esportes, é recomendável escolher protetores solares resistentes à água e ao suor, para garantir que o produto não escorra. Atualmente, o mercado conta com rótulos específicos para esse fim. Já na praia ou piscina, além de optar por fotoprotetores resistentes à água, é essencial reforçar a aplicação após cada mergulho.
No dia a dia, a recomendação é reaplicar a cada três horas no máximo ou de acordo com as instruções do fabricante, que estão sempre na embalagem.
Como aplicar
Outro estudo da Unicamp mostra que os consumidores utilizam protetores solares em quantidade errada. Em alguns casos, a aplicação em quantidade insuficiente reduziu em até 90% a eficácia dos fotoprotetores. Por isso, além de usar o produto todos os dias, é necessário aplicá-lo na quantidade correta para atingir o FPS indicado pela marca.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que seja aplicado o equivalente a uma colher de chá nas áreas do rosto e pescoço. Se necessário, faça camadas até atingir a quantidade adequada. Para reaplicar durante o dia, opções em bastão ou pó podem ser a melhor escolha, principalmente para pessoas que usam maquiagem.
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