A Semana de Moda de Nova Iorque (NYFW) está oficialmente inaugurada e, apesar de algumas grifes desfilarem dias antes do início oficial, a organização pretende que está seja a edição mais diversa, inclusiva e sustentável.
Mais de 80 estilista apresentaram novas propostas do que será usado no outono-inverno de 2023-2024. Entre eles estão nomes consagrados e revelações do mundo fashion e eles têm em comum a ambição de incorporar a diversidade racial e a moda sustentável como nunca foi visto.
A diversidade aparece, inclusive, nos estilistas que participam da NYFW, 17 são negros, 23 de países asiáticos e 8 latinos. Enquanto que a metade das marcas presentes são lideradas por estilistas mulheres.
A passarela de Nova Iorque sempre foi pioneira, ela inseriu modelos com deficiências intelectuais e físicas e pudemos assistir a desfiles de pessoas com síndrome de Down ou com próteses em distintas partes do corpo.
Desde 2020, o conselho de moda trabalha para abrir portas para trabalhadores negros e proporciona um informativo anual sobre as marcas que adotam a inclusão de pessoas negras. O conselho levou para esta edição dezenas de novos estilistas como Jeofroi, Madamette e Diotima.
Mas este conselho conta com nomes muito consolidados, como Kevan Hall, diretor criativo da Halston; Sergio Hudson, que vestiu a vice-presidente Kamala Harris na posse e a primeira-dama Michelle Obama.
Nessa edição inclusiva, desfilam House of Aama, fundada por Rebecca Henry e Akua Shabaka, mãe e filha, que se inspiram na história da comunidade negra; Heron Preston, ex-sócio de Virgil Abloh no Studio 189, com uma marca baseada no artesanato africano, entre outros.
“Houve uma época na história da moda americana em que Bill Blass, Scaasi, Perry Ellis e Geoffrey Beene eram grandes nomes e as marcas novas eram Calvin Klein, Donna Karan e Ralph Lauren. Deveríamos olhar hoje da mesma maneira”, disse Steven Kolb, CEO da CFDA.
Essas grifes mencionadas por Kolb são indiscutíveis na indústria da moda, mas elas abriram mão de participar da Semana de Moda de Nova Iorque e abriram espaço para o novo, para as empresas que, no futuro, estarão presentes no mundo todo e ditando a moda com um olhar mais amplo e consciente.