Natália, do BBB 22, teve uma crise de choro na última festa após descobrir que Lucas decidiu ficar com Eslovênia. O desespero da participante levantou o debate sobre a solidão da mulher negra.
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O último Censo datado de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que 52,52% das mulheres negras que participaram do levantamento não viviam numa relação estável.
Stephanie Ribeiro, ativista do movimento negro, explica que isso tem uma forte ligação com o racismo estrutural na nossa sociedade.
“Acredito que a principal justificativa para a solidão a dois gira em torno do fato de que a mulher negra não é vista com um sujeito para ser amado”, explicou em entrevista à revista Cláudia.
Sobre a situação que Natália viveu dentro do BBB 22, a escritora e intelectual Carla Akotirene explica que a rejeição provoca sofrimento psíquico para mulheres negras.
“A verdade é que, para nós, a solidão se tornou um posicionamento político. Parcelas significativas estão fora do mercado afetivo devido a cor, a bagagem acadêmica, a corporeidade, o vitiligo, ou, porque recusam relações onde estejam escondidas, produzindo sofrimento psíquico para outras mulheres que veem o salário do companheiro servir só pra pagar hotel clandestino, ao invés de quitar a escola do menino, e isto, sim, favorece a feminização da pobreza, bem como a pauperização das mulheres negras”, enfatiza.
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