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A história bizarra por trás do grupo Twister e como a banda levou o vocalista ao abuso de drogas

Sander fez sucesso no Brasil todo quando ainda tinha 17 anos e viveu experiências intensas na liderança da boy band

Twister
Banda Twister fez sucesso estrondoso no início dos anos 2000, mas com um alto custo para Sander, o vocalista, que contou detalhes do início da carreira. Foto: twitter

Sander foi o vocalista de uma banda de jovens garotos que arrastou multidões de adolescentes com sucessos de refrão chiclete como “meu amor, esse amor, dá 40 graus de febre”.

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Entre apresentações em programas dominicais, dinheiro e fama, estavam problemas profundos desde a criação do grupo até atos que infringiram as leis levando-o à prisão por 2 anos. Sander, o vocalista da banda, falou sobre tudo isso ao podcast “Inteligência S.A.”

“A gravadora falava para gente: ‘vocês tem que quebrar o estigma de que boy band não é de verdade’ e a gente levava violões para tocar ao vivo em programas de rádio”, contou sobre a pressão para provar que mereciam o sucesso que conquistaram.

Ele contou que a formação da banda levou 2 anos e que viveu uma preparação intensiva na casa do empresário, com aulas de dança, canto e de instrumentos musicais.

Além disso, Sander revelou que entre os 5 membros da banda cada um vivia um personagem que deveria incorporar tipos de jovens que poderiam fazer sucesso com o público, como o esportista, o romântico, o legal, o tímido e o “maluco”, quem ele diz ser seu papel.

“No primeiro ano, que a gente mais fez sucesso, eu nem sei quanto a gente ganhou. O empresário não era transparente e a gente teve de fugir da casa dele”, revelou Sander.

As críticas ao empresário que formou e lançou o grupo não param por aí. Sander ainda disse que o método de controle sobre a banda lembrava do emblemático caso da infância de Michael Jackson quando integrava os “Jackson 5″.

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“A gente morava na casa dele e era uma coisa meio sociopata, não podia ter celular, não podia namorar, não podia sair de lá. A gente só podia se encontrar com garota de programa e não podia repetir, para não apaixonar porque iria atrapalhar. Ele queria fazer da gente o Michael Jackson”, relembrou.

A presença e o controle do empresário incomodava bastante os membros do grupo que eliminava todas possibilidades de privacidade até mesmo com a família.

“Teve uma vez que foi a fuga definitiva, a gente levou tudo. Era uma casa de campo em Valinhos, SP, era meio cárcere privado. Até a visita coma família o empresário estava junto”, revelou.

Sander, o vocalista da banda, falou sobre os problemas com o empresário e com as drogas. Foto: Divulgação
Sander, o vocalista da banda, falou sobre os problemas com o empresário e com as drogas. Foto: Divulgação

“Não tinha vida social, nem poderia sair para comer. Era uma cadeia de luxo. No começo era legal”, contou o ex-vocalista da banda.

Sander ainda falou do início de um capítulo complicado de sua vida quando teve problemas com a polícia pela posse e uso de substâncias ilegais.

“Tenho para mim que meu vício despertou aí, A parte do psicológico era muito ruim. E eu comecei a beber, lá ninguém falava que eu não podia beber. E eu comecei a experimentar as drogas e logo eu estava bebendo todo dia”, confessou Sander.

“E eu comecei a usar outras coisas, ninguém sabia que eu usava drogas. E com certeza, viver lá me ajudou a abusar das substâncias”, desabafou considerando que o preço pago pelo sucesso talvez tenha sido muito alto.

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