Imediatamente após ganhar seu prêmio BAFTA de Melhor Atriz no último domingo (14), Kate Winslet usou seu discurso de aceitação para pedir ação em relação à mídia social e ao efeito prejudicial que ela tem sobre as crianças.
Ela pediu que “as pessoas no poder” “criminalizem o conteúdo prejudicial”, depois de ganhar seu prêmio por “I Am Ruth”, uma minissérie que narra a relação entre mãe e filha que está lidando com pressões de saúde mental vindas do mundo online. Ela fez o filme com sua própria filha, Mia Threapleton.
“‘I Am Ruth’ foi feito para pais e filhos, para famílias que se sentem reféns dos perigos do mundo online, para pais que desejam ainda poder se comunicar com seus filhos adolescentes, mas que não podem mais.” Winslet explicou.
Ela aborda o fato de que os adolescentes especificamente são, de fato, viciados em mídias sociais. “Por favor, erradique o conteúdo nocivo, não o queremos”, continuou ela. “Queremos nossos filhos de volta. Não queremos ficar acordados, aterrorizados com a saúde mental de nossos filhos”.
No Reino Unido, a Câmara dos Lordes está atualmente lutando pela Lei de Segurança Online, que visa combater o conteúdo ilegal e prejudicial online. Nos Estados Unidos, há atualmente um projeto de lei bipartidário em discussão no Congresso que proíbe qualquer pessoa com menos de 13 anos de acessar as mídias sociais.
Já no Brasil, o projeto de lei 2630, que deve instituir a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, segue em debate. Um dos pontos centrais da proposta, seria a regulamentação de conteúdos veiculados nas redes sociais para a evitar exposição de crianças e adolescentes à posts violentos e de conteúdo adulto.
Pesquisas mostram que 24% dos adolescentes são viciados em redes sociais. Isso é prejudicial porque o uso frequente das redes sociais constantemente faz com que os adolescentes se comparem socialmente com seus pares.
Também faz com que os adolescentes sejam psicologicamente afetados negativamente. Postagens nas redes sociais que refletem certos ideais encorajam os adolescentes a fazer comparações com seus pares em termos de imagem corporal, experiências de vida e habilidades.
É isso que torna o trabalho de Winslet e seu discurso tão impactantes - aborda o medo de todos os pais sobre nossos filhos e a mídia social.
“E para qualquer jovem que possa estar ouvindo, que se sinta preso em um mundo insalubre: por favor, peça ajuda. Não há vergonha em admitir que você precisa de apoio. Estaremos lá, basta pedir”. finalizou.
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