Falem mal, mas falem de mim. Este parece ser o lema de Sam Levinson para este ano e sua nova série ‘The Idol’, que traz o cantor The Weeknd e Lily-Rose Depp como protagonistas, e a cena musical de Los Angeles como pano de fundo.
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Ele é o caçador, o líder de um culto parecido com o NXIVM ou a Cientologia; ela, a presa, uma estrela pop em crise. A polêmica aposta chegou à HBO Max neste 5 de junho após uma filmagem marcada por mudanças criativas e depois que fontes próximas à produção a classificaram como “fantasia de estupro” por banalizar a violência sexual.
The Weeknd, do YouTube ao Festival de Cinema de Cannes
Se há uma mente pensante por trás de ‘The Idol’, ela é Abel Tesfaye (Toronto, 1990), o cantor, rapper e produtor musical conhecido como The Weeknd. Em uma entrevista recente à W Magazine, Sam Levinson relembrou a proposta de Abel para o programa: “Ele disse algo de que sempre me lembrarei: ‘Se eu quisesse começar um culto, eu poderia’. O que ele quis dizer é que seus fãs são tão leais e dedicados que o seguiriam para qualquer lugar”.
Essa foi a semente de ‘The Idol’, que explora o que acontece quando uma estrela pop se apaixona pelo homem errado. E a afirmação sobre o fanatismo dos seguidores do rapper não é equivocada. Com 58,2 milhões de seguidores no Instagram, quatro prêmios Grammy e uma indicação ao Oscar (por Melhor Canção Original por Fifty Shades of Grey’s Earned It), Tesfaye é um dos artistas e produtores mais reconhecidos da cena atual.
Este ano, de acordo com o Guinness World Records, ele se tornou o músico mais popular do planeta. Mas como ele chegou até aqui? Tesfaye começou sua carreira fazendo upload de músicas anonimamente (sob o pseudônimo The Weeknd) no YouTube em 2010.
Apenas um ano depois, ele lançaria as mixtapes House of Balloons, Thursday e Echoes of Silence, e criaria sua própria gravadora, a XO. Seu primeiro álbum, Kiss Land, foi lançado em 2013 e, dois anos depois, ele lançou o segundo, Beauty Behind the Madness, um dos álbuns mais vendidos de 2015, com faixas famosas como Can’t Feel My Face, Earned It e The Hills.
Seu terceiro álbum, Starboy, foi lançado em 2016 e foi outro sucesso, com a faixa-título alcançando o primeiro lugar nas paradas de todo o mundo. Em 2018, ele lançou o EP My Dear Melancholy. Entre suas inspirações musicais, ele reconheceu sua afeição por Michael Jackson e Prince.
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Na indústria cinematográfica, o cantor quase não tem experiência, além de suas composições para ‘Cinquenta Tons de Cinza’ (2015) e ‘Pantera Negra’ (2018), filme para o qual assinou a música Pray for Me com Kendrick Lamar. Ele interpretou a si mesmo brevemente em ‘Diamonds in the Rough’ (2019) e emprestou sua voz para ‘Padre Made’ (2019).
Lily-Rose Depp, um “nepo baby” que almeja altos voos
Lily-Rose Depp (Paris, 1999) já reclamou abertamente do termo “nepo baby”. Em novembro do ano passado, em uma entrevista para a revista Elle, a filha de Johnny Depp e Vanessa Paradis afirmou que “nada vai lhe dar um papel, a não ser ser a pessoa certa para ele”, sem considerar os privilégios ou facilidades que seu sobrenome lhe trouxe quando se trata de modelagem e atuação.
Mas, querendo ou não, conhecemos a it-girl Lily-Rose Depp como a “filha de”, no caso, do já mencionado Johnny Depp e Vanessa Paradis. Criada entre Paris e Los Angeles, Depp começou sua carreira de modelo aos 16 anos, quando fez sua estreia na Chanel.
Sua carreira de atriz começou antes, em 2014, com uma participação especial na comédia de terror ‘Tusk’. O diretor e roteirista Kevin Smith, pai de sua amiga Harley Quinn Smith, escreveu um spin-off um ano depois, ‘Yoga Horses’, centrado nos papéis de Depp e Quinn.
Também em 2015, a jovem filmou ‘Planetarium’, de Rebecca Zlotowski, um drama sobrenatural francês sobre duas irmãs que se comunicam com fantasmas na Paris dos anos 1930, no qual contracena com Natalie Portman e Louis Garrel. Este último a escalou para o elenco de ‘A Faithful Man’ (2018).
Seus projetos mais recentes nas telas incluem ‘The King’ (2019), uma adaptação da peça de William Shakespeare estrelada por Timothée Chalamet; o thriller espacial ‘Hidden Instincts’ (2021), com Colin Farrell; e a comédia apocalíptica ‘Silent Night’ (2021), na qual dividiu os créditos com Keira Knightley e Matthew Goode.
Em ‘The Idol’, sua primeira série, ela agora interpreta Jocelyn. Ela deve o papel a Ashley Levinson, esposa de Sam Levinson, que também é produtora do programa. “Quando Ash viu o casting de Lily-Rose, ela disse que ela era Jocelyn”, diz Levinson (via Elle): “Além disso, ela é uma das melhores colaboradoras que você poderia desejar. Ela atua, canta e sua química com Abel é incrível.
Depois de ‘The Idol’, Depp tem dois projetos promissores no horizonte de sua carreira: ‘The Governesses’ (2024), com Jung Ho-yeon e Renate Reinsve, estrelas de ‘The Squid Game’ e ‘The Worst Person in the World’; e ‘Nosferatu’, a versão de Robert Eggers do romance de Bram Stoker, estrelado por Bill Skarsgård e Nicholas Hoult.
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