A Netflix tem uma grande biblioteca de filmes baseados em fatos reais que nos lembram que a vida sempre supera a ficção: desde incríveis histórias de sobrevivência até dramas de guerra.
Entre a maré de projetos do gênero, há uma espanhola que se destaca por narrar uma trama capaz de manter os espectadores presos, enquanto aperta seus corações.
O filme
Trata-se de ‘O fotógrafo de Mauthausen’, um filme de 2018 que narra as experiências de Francisco Boix no campo de concentração austríaco de Mauthausen durante a Segunda Guerra Mundial.
Dirigido por Mar Targarona e escrito por Alfred Pérez Fargas e Roger Danès, o filme segue a luta do combatente republicano espanhol e fotógrafo a partir do laboratório fotográfico do centro.
Apoiado por um grupo de prisioneiros espanhóis que formavam uma organização clandestina, Boix arriscou sua vida para preservar e ocultar uma série de negativos fotográficos.
O objetivo dele era salvar a maior quantidade possível de imagens que evidenciassem para o mundo as atrocidades cometidas pelos nazistas contra as pessoas naquele campo de concentração.
No final, Boix e seus colegas conseguiram proteger milhares de fotos que mostraram a crueldade daquele sistema e foram fundamentais para condenar líderes nazistas nos julgamentos de Nuremberg, em 1946.
Quem atua em ‘O fotógrafo de Mauthausen’?
O ator Mario Casas foi responsável por dar vida a Francisco Boix, o protagonista de ‘O fotógrafo de Mauthausen’. Com o objetivo de interpretar esse papel, o ator perdeu mais de dez quilos e ficou irreconhecível.
No entanto, ele não enfrentou esse desafio sozinho. Ao seu lado, estavam outros grandes atores, como Alain Hernández, Marc Rodríguez, Joan Negrié, Richard van Weyden e Macarena Gómez.
O que disse a crítica?
‘O fotógrafo de Mauthausen’ recebeu críticas principalmente positivas dos especialistas em cinema. Ricardo Rosado, da ‘Fotogramas’, deu três estrelas de cinco em sua resenha para o veículo de comunicação.
“Apesar de ficar longe de marcos como ‘A Lista de Schindler’, (...) contém acertos suficientes para se equiparar a outros emocionantes títulos menores ambientados nesse cenário aterrorizante”, escreveu.
Por sua vez, Carlos Boyero do ‘El País’ opinou: “Não é uma superprodução, seus recursos são bastante limitados, mas isso não é obstáculo para alcançar uma crônica digna, algo que não me desinteressou do começo ao fim, me provocou certo desconforto e ternura em algum momento”.
Enquanto isso, Jason Bailey do ‘The New York Times’ elogiou o trabalho da diretora. “Este é o segundo longa-metragem de Targarona, mas parece o trabalho de uma profissional veterana: vívido, envolvente e frequentemente assustador”, concluiu.
Além das boas críticas, o filme recebeu quatro indicações ao prestigioso Prêmio Goya e ganhou vários prêmios, como quatro Prêmios Gaudí.