Ela não deixa marcas físicas, mas feridas internas profundas. A violência emocional pode gerar transtornos psicológicos graves. Contudo, ela pode ser um dos tipos de violência mais difícil de se identificar, já que é muito subjetiva.
Ralmer Nochimówski Rigoletto, especialista em saúde mental e sexualidade humana e membro diretor da Sociedade Latino Americana de Medicina Sexual e da World Association for Sexual Health (órgão da OMS), alerta que as mulheres são os alvos mais frequentes de abuso emocional.
“Embora estejamos num momento social em que se tem buscado o empoderamento feminino, muitas vezes a mulher só vai se perceber num caso de violência quando começa a ter sintomas de doenças inexplicáveis e mesmo autoimunes, psicossomáticas, quando, então, busca tratamentos”, explica ao portal Com Ciência.
Os tipos de violência emocional
O abuso psicológico, segundo a Unicef, pode ocorrer de diversas maneiras, como:
- assustar,
- aterrorizar,
- ameaçar,
- explorar,
- isolar,
- insultar,
- humilhar
- ridicularizar.
Por exemplo, o parceiro ameaça fazer algo contra si mesmo caso a mulher o deixe. Também pode acontecer do marido ridicularizar sua parceira na frente dos amigos. Ou pode fazer com que ela se afaste de suas amigas e família.
Em todos os casos, há indícios de violência emocional. É fundamental saber identificar a situação. Isso pode ser feito, tanto por meio de leitura sobre o tema, quanto com a ajuda de profissionais, como psicólogos ou terapeutas.
Vale ainda lembrar que a violência emocional é crime. A Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), promulgada em 2006, define que a violência psicológica pode ser aplicada judicialmente e os agressores podem ser condenados.