Dados do Observatório de Oncologia apontam que 40% dos casos de câncer de mama no Brasil são tardios. Um dos motivos para isso acontecer pode estar no processo realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Ocorre que o SUS tem um protocolo que só permite realizar mamografia a cada dois anos em mulheres com ou mais de 50 anos. No entanto, segundo o jornal O Tempo, um terço das mulheres diagnosticas com câncer de mama no Brasil em 2019 têm menos de 50 anos.
Muitos especialistas da área criticam a regra utilizada pela SUS. Muitos defendem que a mamografia deve ser realizada a partir dos 40 anos.
“Nós temos a chamada fase pré-clínica, que é quando identificamos o câncer antes dele se manifestar, e a fase clínica, que é quando os sintomas começam a surgir. A mamografia é importante porque ela permite que encontremos a doença na fase pré-clínica. Mas não temos no Brasil um sistema organizado de rastreamento mamográfico e isso impede que os diagnósticos aconteçam precocemente”, afirma ao jornal O Tempo o presidente do comitê de Mastologia da Sogimig e coordenador do setor de mastologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Clécio Enio Murta de Lucena.
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