A episiotomia é um procedimento médico que consiste em um corte cirúrgico efetuado no períneo (conjunto de músculos próximos a vulva e ânus) ao final do parto, já quando a cabeça do bebê começa a sair, com o objetivo de aumentar a abertura da vagina.
No entanto, segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), alerta que não existem evidências científicas que comprovem a eficiência da prática e, por isso, é recomendado que não se faça o procedimento. De acordo também com as Diretrizes do Ministério da saúde, a episiotomia deve ser evitada.
A episiotomia pode causar infecção e dor no corte no pós-parto, dor na relação sexual (inclusive, algumas mulheres apresentam esse quadro durante anos) e incontinência urinária e fecal. Além disso, a cicatriz deixada pelo corte, pode mudar o aspecto estético da vagina, além de consequências psicológicas em mulheres que passam pelo procedimento.
Importante ressaltar também, que a episiotomia nunca deve ser feita sem a autorização da mulher, mas relatos recentes mostram que a realidade nem sempre é assim. O caso da influenciadora Shantal Verdelho, por exemplo, fez com que a discussão voltasse à tona e ela não está sozinha. De acordo com a pesquisa ‘Nascer no Brasil’, 53,5% das entrevistadas que tiveram parto normal, sofreram episiotomia. A recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) é que esse número fique entre 10% e 30%.
Ponto do Marido
Outro procedimento que fere os direitos das mulheres acontece na hora de fechar o corte e dar pontos no local da incisão. A prática conhecida como ‘ponto do marido’, é feitos por médicos que fazem mais suturas do que necessário, na intenção de deixar a vagina “mais fechada” para a satisfação sexual do homem.
Além de machista, não há evidências científicas de que ele seja necessário, e também não pode ser feito sem autorização das mulheres. O ‘ponto do marido’, prejudica a saúde e vida sexual das mulheres, que podem sofrer com dores, além do risco de infecções, bem como a própria episiotomia.
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