O “chip da beleza”, como ficou popularmente conhecido recentemente, nada mais é que implantes para administração de medicamentos e hormônios de maneira subcutânea. No entanto, alguns médicos têm alertado para os riscos que esses implantes podem trazer para a saúde daqueles fazem uso do dispositivo.
O tratamento, que não é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), promete resultados como emagrecimento, aumento da disposição física e massa magra sem a necessidade de grandes esforços. O “chip” ficou famoso depois que algumas famosas e influenciadoras começaram a fazer uso do implante que tem o tamanho de um palito de fósforo.
Em entrevista à CNN, o neurocirurgião Fernando Gomes ressaltou ser necessário avaliar a situação com muito critério. “É muito interessante verificar como a medicina progride, então você pode oferecer hormônio de forma liberada e lenta sem a necessidade de tomar comprimidos ou injeções semanais. Mas o grande problema é o reloginho biológico que faz toda a regulação do corpo humano que é extremamente funcional, como se fosse um relógio suíço.”
O médico destacou ainda que, a atuação do implante gera uma confusão no corpo humano, similar aos casos de hipervitaminose. “Você não tem a carência de um hormônio e oferece ele em excesso. Vai ter um efeito colateral que muitas vezes a pessoa está buscando, vai ficar mais bonita durante um período de tempo. Só que o preço disso, do ponto de vista biológico, pode ser bastante complicado. Você busca beleza e acaba com um problema cardiovascular”, explicou em matéria publicada no site do canal de notícias.
Proibição da Anvisa
Em resolução publicada em dezembro de 2021, a Anvisa proibiu a propaganda da gestrinona e de produtos que contêm essa substância sob o risco de “risco à saúde pública”, caso do “chip da beleza”. Em seu texto a Agência destaca que a divulgação da substância fere regras que restringem propaganda de produtos com necessidade de prescrição e manipulados a médicos, cirurgiões-dentistas e farmacêuticos e, por isso, adotou a medida preventiva. “No Brasil, a utilização de implantes hormonais utilizando esteroides sexuais e seus derivados aumenta de forma avassaladora. Por serem apresentações customizáveis, existe um real risco de superdosagem e de subdosagem”, alerta o texto da Anvisa sobre o tratamento.
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