A fibromialgia é uma doença crônica que tem como principal sintoma dores por todo o corpo. As causas podem ser muitas, mas as mais conhecidas são de fundo emocional, ambiental ou até hereditário.
A doença atinge principalmente mulheres com idade entre 30 e 55 anos, sendo 90% das diagnosticadas com a doença, mas homens, crianças e idosos também podem apresentar a condição. Atualmente, cerca de 2,5% da população mundial sofre com a fibromialgia, segundo Sociedade Brasileira de Reumatologia.
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Causas e principais sintomas
As causas da doença são multifatoriais. O diagnóstico tem influência hereditária, emocional e ambiental. No entanto, não existem exames laboratoriais específicos para identificar a doença. A investigação acontece majoritariamente de forma clínica, com estudo sobre histórico familiar, exame físico e exames laboratoriais auxiliando a afastar outras condições que podem causar sintomas semelhantes.
O quadro clínico reduz neurotransmissores como a serotonina, noradrenalina e dopamina, o que causa uma queda no limiar de dor dessas pessoas, tornando-as mais sensíveis aos estímulos dolorosos.
Os principais sintomas da fibromialgia são: dor muscular difusa crônica associada a fadiga, depressão e distúrbio do sono, mas outros sintomas podem vir associados, como a enxaqueca, síndrome do cólon irritável, parestesias, zumbido e vertigem.
Fibromialgia e depressão
O especialista em reumatologia Rodrigo de Oliveira, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, afirma que existem estudos cujos resultados mostram que até metade das pessoas que tem dor crônica pode desenvolver quadros depressivos por ter fortes dores.
“Estima-se que de 2 a 4% da população mundial tenha quadro compatível com a fibromialgia, o que pode comprometer a qualidade de vida, pois a doença ocasiona fortes dores, o que afeta o humor”. O médico lembra que a doença não oferece risco de vida aos pacientes, mas é recomendável seguir corretamente o tratamento para diminuir as dores.
Tratamento
Atualmente uma cura definitiva para a fibromialgia ainda é desconhecida, mas existem formas de controlar o avanço da doença. Além dos medicamentos, a prática regular de exercícios físicos, por exemplo, ajuda não apenas na melhora das dores, mas também na manutenção do bom humor e da qualidade de vida dos pacientes. Porém, antes de começar, é importante passar por uma avaliação médica.
A terapia cognitiva-comportamental também é uma aliada importante no controle da fibromialgia. Isso porque as dores causadas pela doença podem afetar diversos aspectos da vida do portador - trabalho, vida social, relações familiares, autoestima - e a terapia pode ajudá-lo a entender e mudar as atitudes negativas ao lidar com a dor. Há também a terapia ocupacional, que ajuda ajustar a área de trabalho, para minimizar dores e desconfortos.
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Aviso
Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.
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