Para começar esta conversa, pedimos que a leitora mantenha sua mente aberta, ou seja, livre de preconceitos. É que o tema vem sendo abordado com muito tabu e faz com que muitas pessoas tenham diversas dúvidas, inclusive acreditar que gênero é o mesmo que sexo biológico.
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Estamos no século XXI e como seres humanos estamos mudando e descobrindo todas as nossas potencialidades.
Por muito tempo, gênero basicamente era entendido da seguinte forma: acontece o parto (ou o ultrassom), o médico ou médica olha para o órgão genital da criança e determina: menina ou menino.
A partir disso, a criança é submetida a diversos papéis sociais. Meninas: usar rosa, brincar de boneca, ser emotivas, boazinhas e comportadas. Meninos: usar azul, brincar de carrinho, não demostrar sentimentos etc.
É justamente neste ponto que entra a questão do gênero. Por que um órgão genital deve definir toda a nossa personalidade e o que podemos ser ou não dentro de uma sociedade?
A filósofa estadunidense Judith Butler decidiu estudar afundo o tema. Ela compreendeu que o gênero não passa de uma performance. Dito de forma mais simples, um roteiro, como de um peça de teatro, que seguimos porque a sociedade determinou que devemos seguir.
Judith explica que gênero pode ser entendido como “[...] um conjunto de atos repetidos no interior de uma estrutura reguladora altamente rígida, a qual se cristaliza no tempo para produzir a aparência de uma substância, de uma classe natural de ser”.
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Mas qual o problema do gênero, afinal?
O problema está em sujeitar pessoas a papéis que nem sempre elas estão confortáveis em interpretar ou que não se identificam. Neste ponto, entramos em outra conversa que é a transição de gênero. Uma pessoa pode ser nascido com uma vagina, mas não se identificar com o papel que a sociedade determina para as mulheres.
Essa pessoa então, por exemplo, pode se sentir confortável com o gênero masculino e querer ser um homem para se sentir feliz. Isso também pode acontecer com uma pessoa que nasce um pênis, mas que se sente mulher.
Dito de outro maneira, o sexo biológico não determina o que estas pessoas são. Pode ser que você se sinta bem com seu gênero e sexo biológico e que bacana. Mas há pessoas que não, que sofrem e desejam mudar. E tudo bem, afinal, essas pessoas não estão prejudicando absolutamente ninguém e só estão em um processo de se sentirem livres e completas.
Mas o que é sexo biológico?
Por fim, vamos a resposta da pergunta inicial desta matéria: sexo biológico é órgãos sexual que a pessoa nasce. Já o gênero, em uma definição básica e didática, é um construção social, ou seja, os papéis sociais que as pessoas são forçadas a exercer por conta do sexo biológico.
A definição de gênero, atualmente, vem sendo muito discutida. Há pessoas, por exemplo, que são consideradas cisgêneros, ou seja, elas se identificam com os papeis sociais impostos pela sociedade. Há pessoas que são não binarias. Elas não se identificam nem com gênero masculino nem com o gênero feminino.
Há ainda outras tipos de gênero, como transgénero, transexuais, travestis. Ou seja, uma diversidade incrível de nomenclatura para expressar a singularidade que todo ser humano tem dentro de si e que não pode ser definido como padrão por meio do binarismo (masculino e feminino).
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