Os transtornos mentais já são considerados o mal do século. Um problema de saúde pública, que afeta cerca de um bilhão de pessoas, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado pelo Ministério da Saúde em 2019.
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No entanto, apesar de ser uma condição que está presente em muitos lares brasileiros, as informações em torno das doenças mentais ainda são muito escassos. Entre os diversos fatores que podem comprometer a nossa saúde mental, por exemplo, está a alimentação, mas poucos se preocupam com essa relação, visto que ainda é desconhecida por muitos.
Em entrevista à coluna E+, do Estadão, Carlos Eduardo Portela, diretor do núcleo de nutrologia da Human Clinic, explica que o intestino vai além da responsabilidade de digestão, absorção e transporte de nutrientes para o organismo.
Considerado o segundo cérebro do corpo humano, o órgão tem “papel de importância na regulação e manutenção da saúde de todo o corpo e da mente”. “Tem uma íntima relação com nosso sistema nervoso, sendo responsável pela regulação de apetite, níveis de energia, emoções, atitudes, aprendizado e memória”, informa o nutrólogo.
Para exemplificar a relação entre o intestino e a saúde mental, o especialista destaca a reação do organismo em eventos estressantes, podendo resultar em sintomas como dor de barriga, náuseas, diarreia, alterações de humor e irritabilidade. “Nosso intestino é responsável pela produção de quase 90% da serotonina, importante neurotransmissor relacionado ao gerenciamento do humor”, complementa.
“O que colocamos para dentro do corpo é diretamente proporcional ao nível de rendimento dessa máquina [organismo]. Se colocamos óleo diesel em um carro a gasolina, iremos esperar que esse carro não funcione ou que ele funcione de forma lenta. Mas se colocamos gasolina, ou seja, comida de boa qualidade, o rendimento desse carro tende a ser melhor”, exemplifica Portela.
Considerando as explicações do profissional, além de diversos estudos que reforçam tais informações, é fato que a alimentação pode influenciar na saúde mental. Portanto, ter atenção à dieta pode evitar ou promover melhorias nos transtornos mentais.
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Qual dieta seguir para ter uma boa saúde mental
O neurocientista e mestre em psicologia Fabiano de Abreu Agrela destaca também à coluna, que alimentos e substâncias inflamatórias (ultraprocessados, frituras, açúcares, farinha branca, álcool, entre outros) em excesso podem ser os grandes “vilões” da saúde mental.
Para melhor manutenção da saúde mental, Agrela indica seguir a “dieta do mediterrâneo e japonesa, além do consumo regular de alimentos com alto teor de potássio e triptofano, ricos em antioxidante, como banana, mamão, kiwi, abacaxi, frutas vermelhas, frutas cítricas, brócolis e vegetais folhosos escuros”.
Ambos os especialistas concluem que, embora a alimentação tenha um papel fundamental para manter a boa saúde mental, é indispensável outras boas práticas de saúde geral, incluindo terapia, atividades físicas, qualidade do sono e, em alguns casos, uso de medicamentos.
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Aviso
Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.
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