Saúde e Bem-estar

Neurocientista desvenda os conflitos da maternidade e tranquiliza: “você não é um fracasso”

A culpa materna acompanha muitas mães ao longo da história, mas só começou a ser debatido recentemente

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O cinema sempre idealizou o momento do parto como algo sofrido para as mulheres, mas imediatamente compensador e bonito logo após o nascimento do bebê. Mas quem já teve filhos, sabe que a realidade não é bem assim.

Além disso, seguido o momento do parto, a maternidade em si sempre foi representada na sociedade como algo divino, glorioso e extremamente compensador. A ideia de que as mulheres “nasceram para ser mães”, deixam todos dias, milhares de mães se sentindo culpadas por não corresponder a essas expectativas ilusórias.

Para desvendar um pouco dos mitos em torno da maternidade, a CNN conversou com a neurocientista e escritora Chelsea Conaboy, que analisa em seu seu livro mais recente, as novas descobertas em torno do parto e da maternidade precoce que apresentam um quadro muito mais complexo da experiência.

“Essas ideias sobre instinto materno, que foram escritas na teoria científica por pessoas investidas em um certo modelo moral de maternidade, não eram apenas sobre como eu deveria me comportar, mas também como eu deveria me sentir. Não basta pegar num bebê, acalentá-lo ou saber enfaixá-lo. Eu deveria ter devoção completa, ser totalmente altruísta e ser capaz de superar quaisquer medos através do ato de nutrir”, comenta Chelsea.

A neurocientista comentou ainda que pesquisar sobre a ansiedade materna a ajudou a entender que ela não era um fracasso como mãe, assim como nenhuma mãe é. “Comecei a pesquisar a ansiedade materna e descobri o quanto o cérebro é alterado pela maternidade. E isso é verdade para todas as pessoas, e não apenas para as pessoas que sofrem de transtornos de humor ou ansiedade pós-parto”.

“Eu não tinha visto essa informação em nenhum livro de educação pré-natal ou de mães, e isso poderia ter feito uma enorme diferença para mim. Na verdade, fez uma enorme diferença para mim quando finalmente aprendi isso. Reformulou toda a minha experiência. Eu ainda tinha preocupações com o bem-estar do meu filho, mas parei de me preocupar com a preocupação, ou pensar que havia algo errado comigo porque sabia que esses sentimentos faziam parte de um processo produtivo que estava acontecendo no meu cérebro e me ajudando a me adaptar a este papel”, completa.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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