O Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelou que em 2021 foram relatados 45.994 estupro de vulnerável, sendo que, destes, 35.735, ou seja, 61,3%, foram cometidos contra meninas menores de 13 anos (um total de 35.735 vítimas).
Os dados são preocupantes, ainda mais quando temos um presidente afirmando com naturalidade que ‘pintou um clima’ ao ver meninas refugiadas de 14 e 15 anos. Afinal, esse tipo de frase normaliza a violência contra crianças e adolescentes
Embora, falar sobre o tema seja complicado, a Fundação Childhood, comprometido com a proteção da infância, revela que é essencial que saber como proteger as crianças do abuso sexual.
“Na Infância, estamos convencidos de que muitos casos de abuso sexual de crianças podem ser evitados. Mas o que realmente queremos dizer quando dizemos isso? Naturalmente, não há proteção 100% ou solução simples para prevenir o abuso sexual de crianças, mas há muito que podemos fazer para reduzir os riscos e mitigar as consequências do abuso”, explica a fundação em seu site.
Mas como proteger as crianças do abuso sexual?
O primeiro passo, segundo a fundação, é garantir que a criança tenha, ao menos, a supervisão e o amparo de um adulto. “As crianças que não têm supervisão de um adulto, ou cujos cuidadores são incapazes de fornecer o conforto, a segurança e o reconhecimento de que uma criança precisa, correm um risco maior de serem submetidas à violência e abuso”, ensina.
Ensinar os nomes das partes do corpo
É importante que os pais ensina os nomes das partes do corpo, pois oferece vocabulário para falar sobre elas – uma habilidade fundamental se elas precisarem dizer aos pais onde alguém as tocou.
Ensinar sobre limites
“Para que as crianças entendam sobre limites, os pais devem ensinar quais partes do corpo não podem ser tocadas.
“Dizer às crianças que ninguém deve tocá-las em determinar partes do corpo as ajuda a visualizar e entender as partes de seu corpo particularmente fora do alcance dos outros – embora os pais também possam explicar que todo o seu corpo é privado e eles decidem quem o toca e quem não. Você também pode explicar que outras pessoas têm partes íntimas e, mesmo que convidem a criança a tocar, a criança não deve. Ajude a criança a entender a diferença entre, digamos, a hora do banho e outras horas”, explica a publicação do portal “The Swaddle”.
Ensinar sobre consentimento
“Ensine o consentimento. Diga às crianças que elas têm o direito de dizer “não” ao toque indesejado ou desconfortável. Nunca os force a dar abraços ou beijos ou qualquer outro afeto físico; envia a mensagem de que eles não têm controle sobre seus corpos”, ressalta a publicação.
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