Saúde e Bem-estar

Gravidez e saúde mental: psicóloga faz alerta para aumento de adoecimento de mães

OMS lançou este mês um guia com diretrizes importantes para a integração da saúde mental perinatal nos serviços de saúde materno-infantil

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A saúde mental é um tema que tem ocupado um lugar importante no debate público ultimamente e, com a chegada da maternidade, muitas mães enfrentam desafios quanto à sentimentos ambivalentes, receios, expectativas, alegrias e preocupações. E é por isso que cuidar da saúde mental materna é um desafio para todos os profissionais que interagem com as mães.

A questão é tão importante que a Organização Mundial da Saúde (OMS), lançou este mês um guia com diretrizes importantes para a integração da saúde mental perinatal nos serviços de saúde materno-infantil.

De acordo com a Organização, cerca de uma em cada cinco mulheres terá um episódio negativo relacionado à saúde mental durante a gravidez ou no ano após o nascimento do bebê.

Em entrevista para o site especializado em saúde, Future Health, a psicóloga especialista na área perinatal e da parentalidade, Gabriela Sintra Rios, explica que a saúde mental das mães ainda é um tema muito negligenciado.

“Há um crescente número de mulheres adoecendo no ciclo gravídico-puerperal. A verdade é que as emoções maternas são pouco validadas, pois existe uma banalização em torno do assunto, o que leva a julgamentos e comparações. Certamente, as mudanças com a chegada de um bebê podem causar uma sobrecarga emocional que muitas vezes é silenciada ou pouco compreendida. Embora hoje este tema seja pauta para reflexões e discussões, sabemos que precisamos continuar dando visibilidade ao assunto de modo que a saúde mental materna não seja negligenciada”, conta a psicóloga.

Segundo Gabriela, a sobrecarga física e mental é um problema real na maternidade e deve ser encarado de frente. “Isso também tem impacto na saúde como um todo, em especial na saúde mental, onde essa sobrecarga pode ser fator de risco para o desenvolvimento de alterações emocionais significativas como a depressão, síndrome do pânico e crises de ansiedade”, completa.

A psicóloga considera ainda que o cuidado com a saúde mental na maternidade deveria ser tratado como um questão de saúde pública. “O ciclo gravídico-puerperal pode ser visto como um momento crítico para mulheres. Por isso é tão necessária a expansão dos cuidados da saúde mental materna. É preciso ampliar os cuidados, sensibilizar governos, famílias e a sociedade para que o melhor resultado sempre seja à atenção e o cuidado à essa mulher e seu bebê”.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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