A gravidez e a maternidade como um todo, é um momento de muitas emoções. São altos e baixos de muita alegria, mas também de preocupação e até tristeza. Estima-se que 25% das mães brasileiras desenvolvam um quadro depressivo durante o período.
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No entanto, apesar de o assunto ser comumente falado, ainda existem alguns pontos que são desconhecidos, como por exemplo, os sintomas que podem surgir bem antes do parto ou puerpério.
O panorama também é conhecido como depressão perinatal ou gestacional, por isso, é importante compreender a diferença entre uma condição perinatal e outra depois parto, que se manifestam em momentos diferentes.
De acordo com a psicóloga perinatal parental Nara Anadão, professora da Estácio Maceió, que explica detalhes sobre o assunto em entrevista ao Universa, a condição correspondente ao puerpério é sentida entre quatro a seis semanas após o nascimento do bebê, enquanto a perinatal começa ainda na gestação.
“A depressão periparto engloba os episódios que podem ocorrer na gestação e/ou pós-parto. Isso ocorre pois, muitas vezes, o diagnóstico só acontece no puerpério, mesmo que já houvesse manifestações durante a gravidez”, explica a especialista.
Nara destaca que, na maioria dos casos, a depressão acaba não sendo diagnosticada por uma confusão com alterações comuns da gravidez. Afinal, cansaço, mudanças de humor, vontade de dormir e menor capacidade de pensar ou se concentrar são frequentes durante o período, da mesma forma que são comuns em quem desenvolve a doença.
“Quando não tratada ainda durante a gestação, essa depressão periparto pode continuar no pós-parto, podendo, inclusive, agravar os sintomas, com sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada quase todos os dias, por exemplo”, afirma a psicóloga Nara.
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Por essa razão, é essencial estar atenta aos sinais durante os nove meses da gravidez. Caso alguns sinais sejam percebidos, é recomendada uma avaliação médica. Sendo diagnosticada, a depressão gestacional deve ser tratada, evitando uma continuação ou piora no puerpério.
Entre os sintomas para ficar de olho estão:
- sensação de desamparo;
- falta de esperança;
- sensação de que não será capaz de cuidar do filho;
- choros frequentes;
- tristeza profunda;
Já no pós-parto, outros sintomas são acrescentados à lista. “Agitação ou retardo psicomotor, humor deprimido na maior parte do dia ou até mesmo o cuidado excessivo com a criança, como se apenas a mãe conseguisse cuidar e atender as demandas do bebê, são alguns deles”, cita Nara.
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