Sexualidade

5 curiosidades que você não sabia sobre o clitóris: o órgão feminino cuja única função é o prazer

A descoberta de sua estrutura completa tem apenas duas décadas, quais são as características e como cuidar do órgão de prazer feminino

5 curiosidades que você não sabia sobre o clitóris: o órgão feminino cuja única função é o prazer
5 curiosidades que você não sabia sobre o clitóris: o órgão feminino cuja única função é o prazer (Foto: Reprodução)

Talvez você já deva ter escutado que o clitóris foi “descoberto” por um homem lá no século 19. No entanto, foi uma australiana, Hellen O’Connell, quem de fato, desvendou toda a estrutura do órgão feminino.

ANÚNCIO

Mas, muito antes de O’Connell, outros nomes masculinos proeminentes aparecem ao longo dos séculos na história da anatomia feminina. Galeno, Alberto Magno, Andreas Vesalius, Mateo Realdo Colombo, Gabriel Fallopio, Regnier De Graff e, no século 19, Georg Kobelt estudaram a genitália das mulheres – e seus nomes foram imortalizados em vários dos órgãos que descobriram.

Isso foi até O’Connell e sua equipe publicarem um artigo em 1998 especificando que o clitóris não era apenas a parte visível - a glande - e que era uma estrutura muito mais complexa.

“Desde 1844, quando Kobelt fez seus primeiros estudos ou esboços de desenhos anatômicos sobre o clitóris na parte vascular e na parte estrutural, nenhum cientista anatomista pensou em revisar isso e foi apenas Hellen O’Connell quem revisou a morfologia e inervação do clitóris”, explica ao Clarín, Silvina Valente, chefe do serviço de Sexologia do Hospital de Clínicas e presidente da Sociedade Argentina de Sexologia Humana (SASH).

O clitóris como o conhecemos agora, diz Valente, é uma estrutura neurovascular que também consiste em dois braços e dois bulbos em forma de gota. “Os bulbos são estruturas muito eréteis, ao contrário do clitóris, que é uma estrutura bastante esponjosa e que fica atrás dos grandes lábios”.

Em 2005, O’Connell pode confirmar suas primeiras descobertas, não mais dissecando 10 cadáveres como da primeira vez, mas por meio de ressonância magnética.

5 curiosidades sobre o clitóris que talvez você não saiba

O clitóris ainda está sendo estudado e pode haver mais achados que expliquem com mais detalhes sua relação com a vagina e a uretra. Até agora, algumas das curiosidades sobre o seu funcionamento são as seguintes:

ANÚNCIO

1. O clitóris é uma estrutura neurovascular

Com as duas características, Valente explica que “o sensorial capta e o vascular faz a ereção”.

Depois de se ter dado mais importância à vagina no século XX e de se ter difundido o falso pressuposto de que havia dois tipos de orgasmos: um vaginal e outro clitoriano, sabe-se agora que, seja por penetração, seja por estimulação externa, o orgasmo é sempre é clitoriano. No caso da penetração, as partes internas do clitóris envolvem a uretra e a vagina e são estimuladas.

“Quando você drena o vascular, você resolve a tensão que existe dentro do nervoso. O importante é a maravilha que o clitóris é como órgão erétil e a pequena entidade que foi dada a ele”, diz Valente.

2. O clitóris é um órgão erétil, assim como o pênis

A médica e sexóloga destaca que, graças à sua qualidade de órgão neurovascular, o clitóris é erétil.

“O que a gente começou a descobrir é que com a circulação do volume sanguíneo [os bulbos] começam a ficar túrgidos, começam a crescer com a excitação e depois ‘pegam’ atrás da vagina, atingindo assim a circulação pélvica quando terminamos o orgasmo“, explica Valente.

3. O clitóris tem cerca de 8.000 terminações nervosas.

A estimativa foi repetida, comparando a superfície da glande do clitóris e suas terminações com a do pênis.

Porém, para a especialista, mais do que o número de terminações nervosas, “sabe-se que a forma de inervação do clitóris é diferente de outras regiões da nossa pele, na verdade as terminações nervosas livres passam até a epiderme, o que a torna muito mais sensibilidade e as sensações são amplificadas”.

4. Parte do clitóris está para fora, o prazer está ao seu alcance

A presidente do SASH afirma que “também temos órgãos genitais externos, que também são responsáveis pelo nosso prazer”.

A médica sugere “destruir o mito de que se tocar faz mal” e aconselha: “Tendo tudo à vista, devemos nos olhar e nos conhecer, saber como somos formados. O prazer é externo e precisamos conhecê-lo como tal, devemos ser capazes de olhar para todas as estruturas que compõem a vulva, desde a glande, o capuz do clitóris, os grandes e pequenos lábios, o vestíbulo e o introito vulvar (ou entrada da vagina) que são lugares tão sensíveis”.

Valente explica que “a genitália externa feminina deriva de outra parte embrionária diferente daquela da qual derivam os dois terços superiores da vagina, o útero e toda a genitália interna”.

5. Todas as glândulas e vulvas do clitóris são diferentes.

“Todo mundo tem tamanhos diferentes, mas não é que os maiores sintam mais ou os menores sintam menos, mas é como as estruturas do rosto, como um nariz ou uma boca, não porque a gente tem a boca grande a gente fala melhor ou o nariz maior a gente respira melhor”, esclarece.

· · ·

+ SEXUALIDADE:

Especialistas em sexo e relacionamento oferecem 4 dicas para experimentar o sexo virtual

Médica ginecologista fala sobre a sexualidade feminina em suas diferentes fases

· · ·

Siga e compartilhe

Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.

Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias