Uma série de mudanças culturais têm sido vistas no mundo, ao longo das décadas, sendo uma delas a desconstrução da maternidade compulsória. Desse modo, é crescente o número de mulheres que optam por não ter filhos.
A lista de motivos para essa escolha vai desde a dedicação total à carreira, passando por motivos de ordem sexual ou enfermidades, até simplesmente por a mulher não se identificar com a ideia da maternidade.
A rejeição aos modelos tradicionais de comportamento trouxe até o surgimento de uma nova geração, denominada “NoMos” (abreviação de Not Mothers – Não Mães). E, conforme o mais recente estudo feito pela Famivita, no Brasil, o número de mulheres que não pretendem ter filhos está concentrado na faixa etária dos 25 aos 29 anos, quando 23% apontou não desejar tê-los. Já dos 30 aos 34 anos, esse número foi um ponto percentual menor, com 22%. Entre os homens, o resultado dos que afirmaram não pretender ter filhos foi de 18%.
Em contrapartida, entre as que afirmaram planejar ter filhos, 30% respondeu que os planos seriam para os próximos 6 meses. Os dados por estado demonstraram que em Rondônia 27% afirmaram estar de acordo com esse desejo. Já no Distrito Federal, 58% respondeu pretender ter filhos. No Rio de Janeiro e em São Paulo esse número foi de 55% e 59%, respectivamente.
Relacionado ao tema, é interessante destacar que há 20 anos, a mulher brasileira tinha, em média, 2,9 filhos. Em 2034, esse número será de apenas 1,5 filho, e deve permanecer estacionado por quase três décadas, conforme a Projeção da População do Brasil por sexo e idade para o período 2000/2060, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda de acordo com o Instituto, desde a década de 1970 a Taxa de Fecundidade no Brasil não para de cair.
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