Longa distância, casual, situacional - sabemos que os relacionamentos vêm de várias formas, mas uma forma merece um exame minucioso: o relacionamento aberto (também conhecido como não-monogamia ética).
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Os críticos nos dizem que as parcerias não monogâmicas são raras e destinadas ao fracasso. No entanto, a não monogamia é mais comum do que você imagina.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Sex Shop Miess ao redor do país concluiu que 40% dos brasileiros estão mais dispostos a viver relacionamentos abertos.
Se você está considerando um relacionamento aberto ou apenas quer aprender mais, aqui está o que você precisa saber.
O que é o não-monogamia ética?
A não-monogamia ética é o termo abrangente para relacionamentos íntimos ou românticos que não são totalmente exclusivos.
O que diferencia a não-monogamia da infidelidade é que aqueles no relacionamento consentem em fazer sexo com pessoas fora de seu relacionamento. De acordo com a psicossexóloga e embaixadora do Lovehoney, Chantelle Otten, embora os relacionamentos abertos nem sempre sejam um assunto no almoço em família, eles são uma “coisa” há muito tempo.
“Swinging é comum há séculos, mas não se fala sobre isso”, diz ela. “Relacionamentos abertos são vistos como um tabu e algo a ser mantido em segredo.”
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Por que as pessoas escolhem a não-monogamia ética?
Em um estudo publicado no Journal of Sex and Marital Therapy, quase 70% dos participantes sentiram atração por alguém que não fosse seu parceiro de longa data.
Embora ter paixões seja normal, elas podem causar sigilo e conflito em relacionamentos monogâmicos: é aí que a não-monogamia ética pode ajudar.
Relacionamentos abertos permitem que as pessoas revelem suas necessidades, paixões e relacionamentos extraconjugais a seus parceiros, permitindo que ambas as partes evitem sofrimento emocional e estabeleçam confiança.
Otten também explica que muitas pessoas optam por se envolver em um relacionamento aberto ou eticamente não monogâmico como forma de explorar ainda mais sua sexualidade e desejos, mantendo um relacionamento romântico consistente.
“Muitas pessoas, especialmente desde a pandemia, estão procurando maneiras de se aventurar mais no quarto, seja por meio de sexo a três, poliamor ou situação (o espaço entre um relacionamento amoroso e de compromisso)”, explica Otten.
“É importante lembrar que nem todos os relacionamentos abertos são sobre sexo, mas o que é fundamental é consentimento, transparência e comunicação aberta.”
Ainda pode haver traição na não-monogamia ética?
Embora muitas pessoas possam presumir que a não-monogamia ética é uma forma de amor livre para todos, sem repercussões, Otten explica que não é o caso.
“Um relacionamento aberto, como em qualquer tipo de relacionamento, é construído sobre confiança e limites, e se algum deles for rompido, isso pode ser uma forma de trapaça e traição. Só porque existe potencial para relacionamentos sexuais ou românticos com outras pessoas, isso não significa que vale tudo.”
Otten diz que a traição ainda pode ocorrer se você ou seu parceiro ultrapassarem certos limites, como atos sexuais fora dos limites ou relacionamentos emocionais com outras pessoas.
A não-monogamia ética é para você?
Como primeiro passo, Otten sugere levar algum tempo para considerar por que você deseja explorar um relacionamento aberto, como deseja explorá-lo e como acha que seu parceiro desejará explorá-lo.
“Você sente que a não-monogamia é fundamental para sua identidade, você está simplesmente buscando variedade sexual ou quer explorar o sexo com diferentes gêneros?” ela diz.
Como os relacionamentos abertos são diferentes para cada pessoa, Otten explica que você deve escolher um estilo e uma estrutura de relacionamento que funcionem para você.
“Você quer uma estrutura hierárquica, onde um relacionamento, geralmente o cônjuge ou a pessoa com quem você mora, é o principal e todos os outros relacionamentos são secundários?”
Outras estruturas incluem uma rede frouxa de amantes casuais enquanto mora sozinho ou até mesmo um relacionamento fechado com várias pessoas.
“O mais importante é encontrar o relacionamento certo para você”, diz Otten. “Cada relacionamento é diferente e pessoal e precisa ser algo com o qual você se sinta confortável e feliz.”
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