As mulheres que acreditam que um encontro sexual com um parceiro masculino será breve, buscam menos orgasmos em média do que aquelas que acreditam ter mais tempo, de acordo com um estudo conduzido pela Rutgers. O mesmo se aplica a uma mulher que acredita que seu parceiro prioriza o próprio prazer durante o encontro sexual.
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De acordo com o estudo publicado no The Journal of Sex Research, as mulheres usam dicas e ajustam sua busca por um orgasmo em cada situação sexual, dependendo se elas acham que um orgasmo é ou não possível.
“Sabemos que existem fatores contextuais, sociais e pessoais que provavelmente criam barreiras que impedem as mulheres de se sentirem capazes de buscar ativamente o orgasmo”, disse Grace Wetzel, estudante de doutorado em psicologia social da Rutgers, que defende a equidade do orgasmo para seus 21.000 seguidores nas redes sociais. “Podemos usar as informações dessa pesquisa para criar ambientes sexuais onde o orgasmo feminino seja mais viável”.
Embora o orgasmo nem sempre seja o objetivo do sexo, nem seja o único caminho para uma experiência sexual satisfatória, Wetzel disse que pesquisas recentes indicam que o orgasmo é mais provável para as mulheres que o perseguem como um objetivo.
As descobertas do estudo têm implicações importantes para ajudar a reduzir a lacuna do orgasmo entre mulheres e homens em relacionamentos heterossexuais, disse Wetzel. Os pesquisadores observaram que os homens tendem a experimentar o orgasmo com muito mais frequência do que as mulheres em relacionamentos heterossexuais, um fenômeno conhecido como “desigualdade do orgasmo”.
A lacuna do orgasmo continua sendo uma questão urgente de igualdade de gênero, disse Wetzel, mas as mulheres que desejam ter mais orgasmos podem perseguir o orgasmo de forma mais intencional e ativamente tomar medidas para alcançá-lo durante seus encontros sexuais.
Além disso, se perseguir um orgasmo prevê a probabilidade de uma mulher ter um, os pesquisadores sugerem que os parceiros masculinos tentem criar um ambiente sexual onde o orgasmo feminino seja mais provável. Por exemplo, a estimulação do clitóris e a comunicação sexual têm sido associadas ao orgasmo feminino.
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É importante ressaltar que os homens devem comunicar a suas parceiras que desejam que o prazer de suas parceiras seja uma prioridade, sem pressioná-las para o orgasmo, disse Wetzel. Essa mudança no comportamento dos homens pode influenciar as decisões das mulheres sobre o orgasmo, resultando em maiores chances de as mulheres terem orgasmos.
Em uma série de experimentos, os pesquisadores fizeram com que mulheres cisgênero e heterossexuais se imaginassem em um cenário sexual hipotético lendo vinhetas curtas. Eles variaram o tempo disponível para o encontro sexual (20 minutos versus algumas horas) ou quão egoísta seu parceiro parecia (focado no prazer dela ou em si mesmo). Ao ler o cenário hipotético, as mulheres relataram com que intensidade buscariam o orgasmo e qual seria a probabilidade de tê-lo.
“Pesquisas sobre busca de objetivos descobriram que a força do nosso esforço é determinada pelo quanto valorizamos o resultado e o quanto esperamos que ele seja alcançado”, disse Wetzel. “Então, se o orgasmo é importante para as mulheres, e se elas acreditam que é possível ter um, elas vão persegui-lo com mais força. Como agora entendemos, as mulheres prestam atenção às sugestões ambientais e de seus parceiros ao decidir se vale a pena buscar o orgasmo durante um encontro sexual. Não devemos ignorar isso.”
O estudo foi co-autoria de Shana Cole, professora assistente do Departamento de Psicologia da Rutgers, e Diana Sanchez, professora de psicologia e diretora do laboratório de Relações Próximas, Identidade e Estigma (CRIS) da Rutgers.
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