Moda e tecnologia: como os celulares viram a América Latina em sua narrativa de moda

A pós pandemia focou-se na tecnologia. Nas coisas que influenciaram para que esta não fosse apenas uma ferramenta, mas sim uma forma de expressão. Isso fez com que o cotidiano se concentrasse em detalhes antes insignificantes, como a imagem projetada digitalmente 24/7, cores, silhuetas e texturas limitadas ao uso interior, que após o confinamento se moveram entre o minimalismo e o maximalismo.

Assim, não apenas as roupas, mas o próprio espaço, incluindo dispositivos, tinham que expressar a identidade do consumidor. Prática normalizada três anos depois, com nichos cada vez mais especializados. Mas no nicho de moda e tecnologia, com acessos e visões distintas para a maioria dos consumidores que têm muitas opções e sabem mais do que ninguém sobre designers em seu próprio continente, era imperativo fazer uma mudança.

Assim, das cores pastel, expressivas mas não agressivas, as empresas de tecnologia criaram suas próprias pesquisas em regiões que têm forte identidade, como a América Latina, uma indústria periférica que conseguiu estabelecer globalmente seu próprio cluster. Até mesmo se aliaram a instituições de tendências para mostrar expressividade onde só havia monotonia.

A Motorola lançou seu celular deste ano, o Edge 40, na cor Pantone Peach Fuzz. Uma opção inovadora em meio ao mar de azuis que dominam o mercado. Por sua vez, a HONOR lançou o Magic 6 Lite em um inovador laranja, com couro sustentável, difundindo a nível estético e tecnológico as barreiras entre as faixas e apresentando o celular como um acessório de moda indispensável.

Isso, é claro, se estende a outros gadgets. A Huawei tem seus Free Clips, semelhantes aos braceletes tão dominantes nos estilos de moda latino-americanos (desde Cubel em diante, por exemplo). Sem mencionar os materiais de seus smartwatches. No entanto, se falarmos de uma pesquisa focada na região, o Vivo V30 Lite se concentrou nas características mais marcantes da origem e história latina para lançar seu celular na versão Ouro Rosa e azul, mostrando como a tecnologia se adapta a narrativas de moda mais próximas, em consonância com o humor mutável das cores e sentimentos (destacando esse toque de cor no meio da frieza edgy do novo Y2K) e criando um exercício que pode gerar muitos outros.

Por esta razão, a Nova Mulher falou com Angelica Nieves, gerente de Relações Públicas da Vivo.

Como investigar para determinar o dourado como uma cor que define não apenas a tendência deste ano, mas também a identificação com a América Latina?

A Vivo tem vários centros de pesquisa e desenvolvimento em todo o mundo. Embora a empresa tenha sido fundada na China, atualmente os centros de pesquisa já se expandiram para os Estados Unidos, em San Diego, Califórnia, na Índia e na Indonésia. Além disso, temos laboratórios, sendo um deles em Shenzhen.

Dez designers desses laboratórios fizeram uma viagem de 10 meses por vários países, incluindo Colômbia, Chile, Equador, Peru e México, para estudar as cores mais icônicas de cada cultura local.

É daí que nasce propriamente o dourado rosa, mesmo tendo no final quase 100 opções de cor.

E como chegaram a este? Por alguns frutos das regiões, ou algumas frutas, por algumas cores arenosas, também por alguns desertos que visitaram, por algumas flores, e também eles nos contaram que o escolheram porque é uma cor que se repete muito na arquitetura desses países.

Então, eles tinham quase 100 opções de cores e viram que esta é uma cor transversal na cultura latino-americana.

Além da cor: como mediar entre o estético e o prático em relação a quedas, água e, é claro, a câmera?

Os investigadores estudaram as mudanças no brilho, no tom e na saturação. Foi assim que chegaram lá. Além disso, o material é de cristal de fluorita antirreflexo, o que significa que se você remover a caixa, pode tocá-lo e nunca vão ficar impressões digitais.

Este também tem bordas metálicas. Por que foram feitas assim? Porque foi inspirado em relógios de alta qualidade e frascos de perfume exclusivos. Então, tudo isso para que, mais uma vez, seja estético, mas também durável. Se a pessoa deixar cair, não vai quebrar imediatamente, a menos que seja um impacto forte.

Outra coisa é que este cristal de fluorita também impede que a carcaça seja riscada. Se você não tiver a capa e passar a unha ali, não vai ficar marcada, não vai haver riscos e também é resistente a respingos de água, poeira e afins.

Além disso, este celular possui uma característica única e exclusiva no mercado, que é o tema da aura de luz ou o anel de luz integrado. Isso porque um celular de qualquer outra marca normalmente tem um flash convencional, que é um disparo de luz. Além disso, possui pelo menos três LEDs. O flash convencional tem apenas um LED.

Então, se alguém tirar uma foto, mesmo em um cenário muito escuro, os retratos sempre ficam com aspecto de estúdio.

Existem materiais, cores e formas de uso mais acessíveis que suavizam as diferenças entre os celulares. Como vocês conseguiram suavizar essas barreiras?

Este celular faz parte da linha B30 e esta é uma linha de gama média alta.

Então, é exatamente isso que buscamos com esses celulares, que tenham um equilíbrio não só no design, mas também na câmera, na bateria e em tudo o que integra, porque de nada adianta serem celulares muito bonitos, mas a bateria não durar nada. Você experimenta isso em primeira mão e sabe que pode usá-lo por horas sem descarregar. Assim, é um celular bonito, mas também é um celular com uma câmera incrível.

Além disso, esta série B também se baseia em um estilo Bauhaus, movimento artístico do século XX, que já exerce muita influência no design, tendo três pilares: praticidade, funcionalidade e limpeza. Também combina arte, artesanato e tecnologia para criar produtos de forma mais pura e sem decoração excessiva.

Então, mesmo que seja um dourado rosa ou, por exemplo, o azul do B30 seja um azul oceano, mesmo que tenha essas tonalidades ou essas ondas, estes são designs muito limpos, muito puros e que também não saturam a visão da pessoa.

Por último, como perceberam que um celular não era apenas um celular, mas sim um acessório para algumas pessoas, que deve refletir seu estilo e personalidade?

Na verdade, muitas pesquisas quantitativas foram realizadas em todos os países latino-americanos, bem como em países europeus e asiáticos, e há duas reclamações fundamentais das pessoas quando se trata de celulares.

A primeira é que a bateria se esgota muito rapidamente e a segunda é que as fotos em ambientes escuros não ficam boas, sempre é necessário adicionar uma luz extra, um anel de luz ou ligar alguma luz.

Então, pegamos essas preocupações ou problemas tão grandes que as pessoas têm e decidimos transformá-los em uma solução. Além disso, mudamos tudo com o tema da luz, para que as pessoas não precisem mais ter tudo ligado para tirar uma boa foto, mas queremos resolver o problema e também proporcionar às pessoas a melhor experiência com um dispositivo.