Desde pequenas, as mulheres são bombardeadas com frases que as pressionam a seguir um caminho que, por gerações, tem sido apresentado como o único possível: ser mães.
Há anos, este parecia ser o destino inevitável de uma mulher; o casamento e a maternidade eram praticamente as únicas opções, enquanto as oportunidades de trabalho e a autonomia pessoal eram reservadas para os homens.
Ser mãe já não é um destino obrigatório
Felizmente, os tempos mudaram. Hoje, muitas mulheres tornaram-se profissionais, líderes e donas do seu próprio destino. Porém, o estigma da maternidade obrigatória ainda está presente, espreitando na forma de perguntas desconfortáveis: “Quando vai ser mãe?”
Nem todas as mulheres nascem com o que é chamado de ‘instinto materno’. Atualmente, temos outras prioridades, e ser mãe já não é mais o destino predeterminado que nos impuseram durante séculos.
A filósofa Elisabeth Badinter, em sua análise com especialistas da Psicopedia, aponta que a noção da maternidade como um destino obrigatório é uma ideia que, felizmente, está perdendo força.
Hoje em dia, não apenas as mulheres, mas também muitos casais, estão tomando a decisão consciente de não ter filhos. As razões variam: algumas pessoas desejam focar em seu desenvolvimento profissional, outras preferem se dedicar à sua vida pessoal ou ao relacionamento de casal sem adicionar a responsabilidade de criar filhos.
Somos egoístas por não querermos ser mães?
Dizer ‘não quero ter filhos’ pode parecer uma declaração simples, mas muitas vezes é uma posição difícil de explicar ou defender perante a sociedade. Os pais anseiam por netos, os irmãos esperam sobrinhos, mas e quanto aos nossos próprios desejos e decisões?
Para além da pressão social, muitas mulheres simplesmente escolhem viver uma vida plena em seus próprios termos, sem que isso signifique criar um filho. Cada pessoa é única, com suas próprias prioridades e valores. Somos completas desde o momento em que chegamos ao mundo, e a decisão de ser mãe ou não não define nosso valor nem nossa contribuição para a sociedade.
A dissonância entre nossos desejos e as expectativas da sociedade pode gerar sentimentos de insegurança, ansiedade, culpa e até depressão. Não querer ser mãe não significa rejeitar a ideia de ter uma família. A família é um conceito que cada um constrói de acordo com seus desejos e circunstâncias. Não querer ser mãe não é egoísta nem nos torna incompletas. A ideia de que a maternidade é o destino final de toda mulher é um mito do qual devemos nos libertar.
É hora de tomar decisões baseadas em nossos próprios sonhos, deixando de lado os medos e a culpa. É hora de parar com as expectativas dos outros e de parar de nos julgar. Chega de pressões! A vida é nossa, e temos o direito de vivê-la da maneira que escolhermos.
Vantagens de não ser mãe
Liberdade pessoal: Sem as responsabilidades da maternidade, você tem mais tempo e flexibilidade para perseguir seus interesses, viajar e se dedicar às suas paixões e projetos pessoais.
Independência financeira: Ao não ter que arcar com os custos associados à criação de filhos, você pode investir mais em seu desenvolvimento profissional, economizar para o futuro ou desfrutar de um estilo de vida mais confortável.
Menos estresse e responsabilidade: Ser mãe implica uma grande responsabilidade e pode ser uma fonte constante de estresse. Não ter filhos pode permitir que você leve uma vida mais tranquila e focada em seu bem-estar mental e emocional.
Relações mais livres: Você pode manter relacionamentos mais espontâneos e sem a necessidade de equilibrar as demandas de ser mãe com as necessidades de um parceiro ou amigos.
Oportunidades de crescimento pessoal: Sem as demandas da maternidade, você pode focar no seu crescimento pessoal e profissional, explorar novas oportunidades e expandir seus horizontes.
Contribuição social diferente: Por não ser mãe, você pode se dedicar a outras formas de contribuir para a sociedade, como o voluntariado, o mentoring ou apoiando causas importantes para você.
Cuidado do próprio bem-estar: Pode focar mais na sua saúde física e mental, uma vez que não precisa constantemente colocar as necessidades dos filhos acima das suas.