Maria Eugênia Bispo, 31 anos, jornalista e palestrante do Recife (PE), perdeu o movimento das pernas em outubro de 2013 ao tentar reproduzir um exercício compartilhado por uma influencer. Ela chegou a se recuperar, mas ainda tem dificuldade para se equilibrar.
Na época que o acidente ocorreu, Maria era ativa nos exercícios. Ela praticava crossfit e Kung Fu. Um dia após fazer seu treino, ela fez um abdominal, conhecido como morcego, que havia conhecido por meio de um perfil na internet de uma musa fitness.
“Na época, estava começando esse negócio de blogueira fitness e, como eu estava tentando voltar à forma, eu seguia tudinho, as dicas, alimentação e tudo mais”, conta Maria Eugênia ao VIX. “Esse exercício, eu vi em uma dessas páginas.”
A lesão ocorreu, pois Maria precisou pendurar as pernas em uma barra e ficar de cabeça para baixo. Ela fez isso com o a ajuda de um caixote e acabou escorregando, caindo e se machucando.
“Não sei se estava mais suada ou cansada que o normal, pois já tinha realizado o mesmo exercício antes. Foi um acidente, claro que ninguém espera se machucar. Eu bati o braço e a cabeça no caixote e caí sentada, por isso quebrei a vértebra. Foi uma fratura de explosão”, comenta.
Após cair, ela tentou se levantar e percebeu que não sentia as pernas. Após 30 minutos, começou a sentir dor. “Era uma dor que até hoje eu não sei descrever. É muita dor, é uma dor que arde, queima porque, quando a vértebra quebrou em várias partes, ela saiu do lugar e apertou a medula”, explica.
A jornalista precisou colocar 12 parafusos, duas hastes de titânio e uma “ponte” para unir dois pedaços da vértebra. Ela recebeu a notícia que nunca mais voltaria a andar. Ela passou um mês internada e precisou fazer 1 a 3 horas de fisioterapia todos os dias em casa.
“Na primeira sessão eu não sentia nada da cintura para baixo, mas a resposta do corpo foi rápida. Eu continuava me exercitando depois da sessão e, na madrugada do primeiro dia, consegui mexer os dedos levemente. Tinha perdido todas as esperanças, mas aquilo foi a luz no fim do túnel”, relembra.
Felizmente, após duas semanas, ela conseguiu ficar em pé. Atualmente, ela se recuperou, mas ainda precisa de muleta.
“Faço fisioterapia pélvica duas vezes por semana, porque uma das sequelas foi urgência urinária, e faço fisioterapia motora e postural uma vez por semana”, explica Maria Eugênia.
LEIA TAMBÉM