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Mulher que sofreu agressão por anos comemora divórcio com buzinaço

Vídeo mostra o momento emocionante da comemoração

Enfim, divorciada (Reprodução: Instagram)

As ruas de Ceilândia receberam uma celebração à altura na última terça-feira, dia 25 de janeiro. Com muitas buzinas, gritos e latinhas batendo no asfalto, dentro de um Ford Ka preto, a motorista comemorava a liberdade do divórcio, que recebeu até aplausos e um escrito em rosa dizendo “Enfim, divorciada”.

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Tânia Lacerda resolveu comemorar logo após que recebeu a notícia de que seu casamento de 36 anos havia enfim acabado. “Precisava gritar para os quatro cantos do mundo que estava liberta de muita coisa que eu passei”, disse aos prantos.

Com 55 anos, a técnica de enfermagem aposentada aguentou diversas ameaças e agressões dentro do relacionamento abusivo que tinha com o ex-marido, e conta que o medo e a insegurança a carregaram por muitos anos, já que precisava esconder coisas da própria família.

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No vídeo, ela mostra como foi uma vitória ter se libertado e ir contra seu medo de virar a próxima vítima de feminicídio do Distrito Federal. “Infelizmente, chegou num ponto que eu não queria que chegasse e isso me deu coragem. Ver casos de feminicídio [na mídia] também me deu forças para tomar essa atitude”, relata ao Metrópoles.

Tânia se considera uma vencedora, se sentindo aliviada com a situação e com a alegria que carregava, precisava dividir com o mundo, tanto para comemorar quanto para servir de inspiração para quem também precisa de coragem para se libertar de casos assim.

A separação

O início do processo de separação aconteceu em fevereiro de 2021, e o ápice para Tânia foi quando seu marido chegou bêbado em uma noite de sexta-feira e começou a brigar com ela. O filho caçula do casal, com 21 anos, presenciou o início das agressões ao fingir que iria tomar um banho, quando na verdade queria ouvir com clareza as ameaças para saber o que de fato estava acontecendo.

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Ao sair do banho, viu que o pai estava apertando o braço da mãe na cozinha de casa, e pediu para que ele soltasse, mas não foi o que aconteceu. Então, o filho tentou tirar Tânia de lá, mas o agressor empurrou-a contra a pia. Depois desse ocorrido, Tânia decidiu que não iria mais aguentar essas coisas, e foi até a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher com o filho para prestar queixa.

As agressões eram recorrentes e sempre aconteciam com o envolvimento de bebida alcóolica. Em uma outra agressão, o ex-marido a ameaçou de atacá-la com um facão, e mesmo com Tânia se trancando no quarto e arrastando os móveis contra a porta, o agressor picotou a porta com a faca.

A filha do casal, Valdecila, sempre acreditou que a mãe tivesse vários motivos para se separar, e hoje em dia Tânia diz que não aceita que uma mulher passe pelo que ela passou toda a vida, comemorando o momento de liberdade que, enfim, chegou.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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