A modelo e influenciadora, Shantal Verdelho entrou com um pedido, por meio do seu advogado de defesa, ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo para que o médico Renato Kalil não exerça mais a profissão de ginecologista, enquanto o processo por violência obstétrica corre na Justiça.
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De acordo com o documento obtido pelo jornal Folha de S.Paulo, o inquérito policial já colheu 18 depoimentos. Dentre eles, o de Mateus Verdelho, marido de Shantal, que filmou todo o processo do parto. No mês de dezembro, a influenciadora compareceu ao IML (Instituto Médico Legal), na cidade de São Paulo, para a realização de exame de corpo de delito. O exame foi feito para identificar possíveis lesões na região da vagina, causadas pelas manobras aplicadas pelo médico Renato Kalil no momento do parto de Domenica, filha de Shantal, em setembro de 2021.
A influenciadora digital também fez exame de corpo de delito. “Minha cliente quer evitar que o médico faça novas vítimas”, afirma o advogado da defesa. “Após a descoberta de diversos crimes por ele praticados, muitos deles no exercício da medicina, significa conceder um salvo-conduto ao investigado para que pratique novos crimes, contra mais vítimas. E mais: demonstrará absoluta falta de respeito com as vítimas desses crimes, que buscam não apenas a punição do investigado pelos seus atos, mas principalmente a prevenção dessas práticas, considerando o grande sofrimento que passaram”, diz um trecho da petição.
Relembre o caso
O caso de Shantal veio à tona no início de dezembro de 2021, depois que áudios e vídeos enviados por ela a grupos de amigos, vazaram na internet. Em seu relato sobre o que ocorreu durante o nascimento de sua filha, Domenica, em setembro, Shantal diz: “Quando a gente assistia ao vídeo do parto, ele (Renato) me xingava o trabalho de parto inteiro. Ele fala: ‘porr*, faz força. Filha da mãe, ela não faz força direito. Viadinha. Que ódio. Não se mexe, porr*’”.
Além das denúncias de Shantal, outras pacientes e ex-funcionárias também fizeram denúncias de abuso sexual e assédio moral. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu processo interno de apuração sobre as denúncias e o caso está sendo investigado pelo 27° Distrito Policial de São Paulo, onde foi feita a denúncia.
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