A gravidez silenciosa, que é quando a mulher está grávida, mas não apresenta os sintomas mais comuns, apesar de ser bastante rara e incomum, pode acontecer com algumas mulheres, que só descobrem que estavam grávidas no último trimestre ou já no momento do parto.
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Os fatores que levam uma mulher a desenvolver essa condição, são vários e podem trazer riscos para a mãe e o bebê, já que nesse período um acompanhamento médico é fundamental para a saúde de ambos. Em entrevista ao site Pais&Filhos, a ginecologista, obstetra e terapeuta sexual Dra. Aline Ambrosio, explicou como a gravidez silenciosa pode acontecer e esclareceu as principais dúvidas.
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É possível engravidar e não ter nenhum sintoma?
A resposta é: sim. A gravidez silenciosa pode acontecer tanto pela falta de sintomas na mãe, como por causas psicológicas ou físicas, segundo a especialista. “Alguns quadros psiquiátricos, nos quais a percepção do corpo ou da realidade estão alterados, as mulheres não questionam o atraso menstrual e sintomas suspeitos de gravidez ou nem os notam”, explica Ambrosio.
Quais os riscos de não se perceber a gravidez?
Os riscos de não perceber a gestação estão ligados a não realizar um pré-natal adequado, justamente para a prevenção de complicações materno-fetais, ou de instituir o tratamento para doenças que possam afetar o desenvolvimento saudável do bebê.
“Orientações de mudança para um estilo de vida saudável, prescrição de vitaminas, como o ácido fólico e ômega 3, e a execução de exames de imagem e laboratório, são essenciais, pois podem salvar vidas e evitar complicações graves na gravidez”, comenta a Dra. Aline Ambrosio.
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Quais as chances de ter uma gravidez silenciosa?
Até o momento, não existem estudos que comprovem a frequência desta estatística na população geral. Mas, pode-se dizer que é um fenômeno bastante raro e incomum, pois quase todas as mulheres tem o aumento de barriga, mesmo que ela seja menor.
É possível saber se está grávida pela barriga?
Mulheres muito magras podem notar os movimentos do bebê já no primeiro trimestre e o volume uterino é visível um pouco mais cedo. Já nas mulheres menos sensíveis às alterações hormonais, como náuseas, vômitos, fadiga, sono, sensibilidade mamária, intestino preso, e apresentando sangramento na implantação do ovo no útero (que ocorre perto do que seria a menstruação normal), é possível suspeitar de uma gravidez pelo crescimento da barriga.
“Em mulheres com irregularidades menstruais, principalmente naquelas com ciclos longos e infrequentes, a falta da menstruação não as alerta para a presença do bebê, atrasando seu diagnóstico. A alteração menstrual mais frequente aqui é a síndrome dos ovários policísticos. Assim, a suspeita de gravidez nelas pode surgir com o aumento da barriga”, explica a ginecologista.
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Por que a barriga não aparece na gravidez silenciosa?
Algumas condições podem acabar alterando o crescimento da barriga, ou ainda atrasá-la. Nas mulheres com obesidade, por exemplo, a distensão da parede abdominal causada pelo crescimento do útero não é evidente. Além disso, a obesidade também é uma causa da síndrome dos ovários policísticos, que provocam o atraso menstrual. “Nesta condição, há também uma menor percepção da movimentação fetal, já que o útero fica mais longe da pele. Nas obstipadas crônicas, que também tem um volume abdominal maior, a percepção da gestação pode ficar alterada”.
Já nas mulheres que realizaram cirurgias plásticas, como a dermolipectomia ou abdominoplastia, e nas esportistas com forte parede muscular, o crescimento da barriga pode ser retardado, justamente pela resistência dos músculos. Mas, calma, isso não afeta o desenvolvimento do bebê! “Nas atletas profissionais, é comum haver o bloqueio das menstruações também, sendo mais um fator em que confunde-se ritmo menstrual habitual delas e gravidez”, explica a médica.
É possível continuar menstruando e estar grávida?
No primeiro trimestre da gravidez, os sangramentos vaginais podem acontecer, mas eles são de menor intensidade do que a menstruação. “No primeiro trimestre, está se formando a futura placenta, e sangramentos decorrentes de sua implantação são frequentes, além do sangramento presente no implante do ovo. Além disto, para evitar que ela assuma uma posição baixa, sobre ou perto do colo uterino no final da gravidez, áreas posicionadas mais baixas nos primeiros meses descolam daí, para subirem com o avançar da gestação, já que este colo precisará dilatar para o bebê passar”, comenta a Dra. Ana.
Vale lembrar ainda que após o primeiro trimestre, os sangramentos do colo uterino, descolamentos da placenta e corrimentos irritativos da vagina também podem causar confusões com a menstruação. Dessa maneira, a gravidez pode acabar passando despercebida
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