A ex-deputada Manuela d’Ávila comemorou a aprovação do Comissão de Ética da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) para a cassação do mandato do deputado Arthur do Val (União Brasil), conhecido como “Mamãe Falei”.
A decisão ocorreu após áudios vazados mostrar o deputado dizendo que as mulheres ucranianas “são fáceis porque são pobres”. “Hoje, o mesmo homem que por diversas vezes filmou a si próprio na rua perseguindo mulheres, professoras, artistas, ativistas, teve seu mandato cassado por unanimidade no Conselho de Ética da ALESP após promover turismo sexual em áudio repleto de machismo e misoginia”, escreveu Manuela.
A ex-deputada ainda lembrou que foi vítima de ataques orquestradas pelo MBL. “Eu estava grávida quando fui agredida numa ação orquestrada por um deputado ligado ao MBL, num evento presencial. Quando estava com quatro meses de gestação, o MBL (associados com blogs de extrema direita) criou uma fakenews em que diziam que eu havia ido aos Estados Unidos Fazer enxoval. As pessoas acreditaram. Eles usaram a foto de meu enteado ainda criança. Ele também passou a ser atacado nas redes sociais. Minha filha, quando nasceu, foi agredida fisicamente por conta dessas mentiras. Não consigo contar o número de vezes que fui agredida no supermercado ou na rua por conta disso. Há pelo menos oito anos eu sinto medo por mim e pelos meus”, desabafou.
A decisão, para Manuela, é uma vitória e mostra que o Brasil está despertando. “Aos poucos, um atrás do outro, o Brasil vai descobrindo quem são e o que defendem os deputados que integram grupos da extrema-direita, como o MBL, que abraça defensores do nazismo e aqueles que cometem crimes contra mulheres e crianças”.
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