A vereadora de Cuiabá Edna Sampaio (PT), primeira parlamentar mulher e negra no município, decidiu protocolar um pedido de cassação do mandato do vereador Coronel Paccola (Republicanos) após ele afirmar na tribuna da Câmara Municipal da Capital de Mato Grosso que o presidente Bolsonaro liberou 5.000 munições por arma, por ano, para os CACs (Caçador, Atirador e Colecionador) e que, portanto, “em vez de 50, [militantes] coloque 500, porque 50 é muito pouco”.
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Ele ainda afirmou possuir e portar armas e munição suficientes para enfrentar “500 petistas” e afirmou que “vagabundo tem que morrer mesmo, ir para a vala”.
Segundo a vereadora, “mais que chulos, os termos empregados pelo denunciado são uma afronta à Declaração Universal dos Direitos Humanos, à Constituição da República Federativa do Brasil, à Lei Orgânica Municipal e, sobretudo, ao Código de Ética e Decoro Parlamentar desta Câmara Municipal”.
“Como nós, vereadores, podemos tratar com naturalidade o discurso de ódio de um parlamentar eleito pela população para representar democraticamente os interesses da população e vem reivindicar que sejamos um estado policialesco, que mata as pessoas?”, questionou Edna Sampaio. “Ninguém aqui está autorizado para, usando da prerrogativa parlamentar, abusar do direito à palavra e conspirar contra a democracia e a vida das pessoas. Todas as vidas importam e nós, aqui, estamos obrigados a respeitar as vidas”, afirmou a vereadora, segundo o Jornalistas Livres.
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