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Nova onda de sarampo traz perigo especial para crianças; entenda a importância da vacinação

A doença já era considerada eliminada no Brasil, mas a baixa cobertura vacinação trouxe o vírus de volta à circulação

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O Brasil era considerado um país livre de sarampo, doença que traz um perigo especial para as crianças, pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) desde de 2016, no entanto, perdemos esse certificado em 2019, quando um caso da doença foi registrado no estado do Pará.

De lá para cá, em 2021, o país registrou 653 casos de sarampo e duas mortes de bebês de 7 e 4 meses por causa do vírus. Agora, em 2022, só no estado de São Paulo já foram confirmados 2 casos autóctones da doença (quando a doença é contraída no local e não em viagens) e outros 25 seguem em investigação.

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O principal motivo para a volta do sarampo no Brasil é baixa cobertura vacinal que o país vem registrando nesses últimos anos. A vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), registra números de cobertura insuficientes desde 2017. A primeira dose teve queda de cobertura de 93,12%, em 2019 para 70,52% em 2021. Já a segunda dose, necessária para completar a imunização, teve baixa de 81,55% para 49,31% no mesmo período.

O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus e é uma das principais causas de mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. A transmissão acontece diretamente de pessoa a pessoa, por meio das secreções do nariz e da boca expelidas ao tossir, respirar, falar ou respirar.

“Como tivemos menos casos da doença nos últimos anos e as pessoas não viam mais crianças morrendo ou pessoas sofrendo por sarampo, a percepção de risco diminui e, consequentemente, a busca pela vacina. A covid-19 também pode ter influenciado, já que havia um medo de ir aos postos de saúde e ser infectado pelo coronavírus”, explica o pesquisador da Fiocruz, José Cerbino Neto, em entrevista à BBC.

Perigo maior para crianças e bebês

O sarampo causa mais complicações nas crianças menores de 5 anos, e é ainda mais perigosa para os bebês com menos de 1 ano. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 1 em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, 1 em 10 pode ter otite média aguda e 1 a cada mil pode ter encefalite aguda por causa do vírus, uma complicação grave capaz de deixar sequelas, como cegueira e transtornos neurológicos e respiratórios. Uma a cada mil crianças com sarampo vem a óbito.

A vacinação contra o sarampo deve ter início quando a criança completa 1 ano de idade e a dose de reforço vem 3 meses depois. Para proteger bebês menores de 1 ano que ainda não podem tomar vacina, os pais devem estar com a vacinação contra a doença em dia e evitar expor a criança a aglomerações.

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Aviso

Este texto é de caráter meramente informativo e não tem a intenção de fornecer diagnósticos nem soluções para problemas médicos ou psicológicos. Em caso de dúvida, consulte um especialista antes de começar qualquer tipo de tratamento.

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