A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), aproveitou uma sessão para cobrar que seja investigado circunstâncias da morte de uma menina ianomâmi, de 12 anos. Segundo relatos, a menina foi estuprada e morta por garimpeiros.
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Em seu discurso, a ministra afirmou que mulheres brasileiras são vítimas de “descalabro de desumanidades”. O Ministério Público Federal, segundo informações do G1, afirmou que vai apurar a morte da menina.
“Essa perversidade, acho, senhor presidente, é a minha palavra, não pode permanecer como dados estatísticos, como fatos normais da vida. Não são. Nem podem permanecer como notícias”, disse a ministra.
“Não é possível calar ou se omitir diante do descalabro de desumanidades criminosamente impostas às mulheres brasileiras, dentre as quais mais ainda as indígenas, que estão sendo mortas pela ferocidade desumana e incontida de alguns”, completou ela.
O presidente do STF, Luiz Fux, afirmou que o caso é gravíssimo. “Gostaria de me solidarizar. Caso gravíssimo, representativo daquilo que tem sido muito combativo”, disse.
O crime
Júnior Hekurari Yanomami, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), foi quem divulgou a morte da menina na noite de segunda (25).
No vídeo, compartilhado nas redes sociais, ele revelou que outra criança ianomâmi, de cerca de 3 anos, desapareceu após cair no rio Uraricoera.
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