De acordo com dados divulgados pela Vice-Procuradoria-Geral Eleitoral, órgão do Ministério Público Federal, em quatro meses, foram registrados oito casos de ataques contra mulheres na política, uma média de uma nova agressão a cada 15 dias, sem contar as não notificadas.
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Em meados de 2021, o aumento das agressões contra candidatas e mulheres eleitas motivou o Congresso Nacional a aprovar um projeto de lei para tornar crime essas atitudes. Desde então, é considerada violência política de gênero toda ação que “deprecie a condição de mulher ou estimule sua discriminação nos espaços e atividades relacionados ao exercício de seus direitos políticos e de suas funções públicas”.
O levantamento começou a ser feito em dezembro do ano passado, com a criação de um grupo de trabalho para combater esse tipo de violência, já se antecipando ao que poderia acontecer nas eleições deste ano.
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Mulheres na política
As mulheres são maioria no Brasil. Elas são mais de 52% da população e do eleitorado, mas representam pouco mais de 15% dos parlamentares eleitos para cargos do Executivo e do Legislativo, número que evidencia a falta de paridade de gênero na política brasileira.
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E ao que tudo indica, ainda estamos longe de alcançar a equidade de gênero neste setor. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, a estimativa é que levaremos 145 anos, ante os 98 estimados antes da pandemia, para atingirmos um cenário real de representatividade.
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