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Apresentadora é diagnosticada com autismo aos 36 anos: “foi chocante e ao mesmo tempo não”

O diagnóstico tardio, como o da apresentadora Amanda Ramalho, é muito comum, principalmente em mulheres. Entenda!

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A apresentadora Amanda Ramalho, de 36 anos, revelou que recebeu o diagnóstico tardio de TEA (Transtorno do Espectro Autista). Em entrevista ao “Viver Bem”, do UOL, ela revelou que sempre se sentiu diferente, mas achava que tinha ansiedade social.

“Faz 10 anos que tenho um terapeuta e ele já desconfiava. Porém, eu sempre ignorava o assunto. Ele dizia para eu mudar de apartamento, mas eu não gostava de mudanças. Aí, nesse ano, ele disse que discutiu com o supervisor dele e que existia uma possibilidade de eu estar no espectro”, conta a apresentadora.

A confirmação que realmente estava no espectro fez com que Amanda vivesse uma espécie de luto. “Foi chocante e ao mesmo tempo não foi. No fim das contas, é só uma palavra, mas uma palavra carregada de muito preconceito. Passei por um luto durante alguns dias e chorei bastante”, diz.

Máscaras

Amanda sempre foi muito comunicativa. Ela ganhou notoriedade atuando como apresentadora de rádio “Pânico”, na Jovem Pan, na televisão com o “Pânico na TV” e, depois, “Pânico na Band”.

Para muitas pessoas pode ser um pouco difícil entender como uma pessoa tão comunicativa pode estar no espectro. Como o próprio nome indica, o TEA é um espectro. Sendo assim, há pessoas que têm casos graves e outras mais leves.

No caso da Amanda, ela revelou que tem grau 1, um dos mais leves. Geralmente, pessoas que estão no espectro de alta funcionamento acabam mascarando as características do transtornos por meio de “máscaras sociais” e isso tem sérios danos psicológicos.

Geralmente, algumas das características do TEA são: dificuldade em interações sociais, e em entender conceitos abstratos. Por exemplo, uma pessoa de alto funcionamento pode manter interações sociais, por meio das máscaras, mas isso tem um alto impacto em sua saúde mental gerando ansiedade e depressão.

As mulheres no espectro acabam tendo diagnostico tardio justamente por integrar máscaras sociais e por ter uma socialização para serem “comportadas” e “quietas”.

Além disso, pessoas no espectro tem hiperfoco, que é a alta concentração em apenas um assunto ou tarefa. “Se, em uma festa, a gente falar de Kardashians, por exemplo, eu vou conversar. Agora, se mudam para um assunto que realmente não me interessa, eu não me forço, só vou ficar em silêncio, não vou fingir”, explica Amanda.

Annelise Júlio, doutora em neurociências pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia, explica ao portal Viver Bem, que o espectro pode ser entendido como software diferente na mente.

“Isso gera uma sensação de não pertencimento, porque parece que os neurotípicos estão entendendo o mundo de uma forma, e eles não”, ensina.

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