“Não quero que ninguém me empodere. Eu já tenho poder”, afirmou em uma entrevista Gloria Maria. Ela tinha totalmente razão, pois sua vida foi um marco.
A jornalista, que morreu na última quinta-feira (2), nunca precisou levantar bandeiras de teorias feministas, pois sua vida foi a prática dessas teorias.
Uma mulher negra, de família humilde, que simplesmente arrebentou todas as portas dos preconceitos que impediam de trilhar o caminho do sucesso.
Gloria Maria foi gloriosa!
Ela foi a primeira mulher jornalista a entrar ao vivo e em cores na TV brasileira, a primeira mulher a cobrir uma guerra.
Também foi a primeira mulher a usar a Lei Afonso Arinos contra a discriminação racial no Brasil após ser barrada de entrar em um hotel. Gloria visitou 156 países e era mãe de duas meninas, que foram adotadas. Sua vida foi incrível e ela nos deixou muitas lições, como:
O autoconhecimento é fundamental
Gloria sempre deixou claro que acredita que nós, mulheres, precisamos acreditar em nós mesmas.
“Ela tem que acreditar nela, ela tem que ser bacana, ela tem que ter certeza do que ela quer e do que ela gosta. Eu acho que isso é o fundamental para a gente ser feliz. Agora, essa coisa de empoderamento... Poder a gente já tem, a gente tem que saber usar”, afirmou.
A opinião das outras pessoas não deve ser relevante sobre nossa vida
“Falei num podcast que já namorei cinco ao mesmo tempo e todo mundo ficou chocado. Mas a verdade é essa. Só que era uma época que não tinha internet nem rede social, então a gente vivia e não ficava preocupado com a vida dos outros. Não estou nem aí, eu vivo, sou livre. Se eu ficar preocupada com isso nessa altura da minha vida, vou ficar maluca”, Gloria em live no Instagram.
Mulher negras precisam se blindar da dor
“Nada blinda preto de racismo, ainda mais a mulher preta. Nós somos mais abandonadas, discriminadas. Você tem que aprender a se blindar da dor. Se você for esperar o blindamento universal, você está perdida” - Gloria Maria, no Roda Viva.
A maturidade vem com o tempo
“O tempo para mim soa como diz o Caetano: tempo, tempo, tempo, tempo, seja bonzinho comigo”. Não tenho problema com o tempo. A maturidade vem pra todo mundo e não sei o que as pessoas entendem como maturidade (...). Não me preocupo nem um pouco de como devo me vestir, de como devo me comportar. Eu vou que vou. Quem tem que estar de bem comigo, sou eu. A minha vida é minha, ninguém paga as minhas contas, ninguém resolve meus problemas. Quando deito na cama, só eu sei o que eu estou sentindo. Se quero usar uma roupa curta, eu uso. Isso não quer dizer que sou bem resolvida, só quero estar bem comigo”, Glória Maria, no Roda Viva.
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