Dia triste para os fãs de música. Na manhã desta terça-feira, 9, o perfil oficial da cantora Rita Lee informou que a cantora faleceu na noite de segunda-feira, aos 75 anos. De acordo com o comunicado, a cantora estava em sua casa em São Paulo acompanhada de familiares. Ela foi diagnosticada com câncer de pulmão em 2021 e vinha fazendo tratamentos contra a doença.
ANÚNCIO
O título de “rainha do rock brasileiro” veio quase naturalmente, mas ela achava “cafona” - preferia “padroeira da liberdade”. Rita nasceu em São Paulo, na Vila Mariana, onde passou a maior parte de sua vida, em 31 de dezembro de 1947. No entanto, Rita era devota de Santa Rita de Cássia e, por ter nascido na véspera de ano novo, escolheu o dia 22 de maio (dia da padroeira) para comemorar seu aniversário e festejar com amigos.
Filha de um dentista imigrante norte-americano, e uma pianista, Rita começou a se interessar por música ainda pequena, quando tinha aulas de piano e, já na adolescência começou a compor suas próprias canções.
Rita Lee ganhou notoriedade na banda Os Mutantes, na década de 1960, considerada por muitos artistas nacionais e internacionais, como uma das mais revolucionárias das últimas décadas.
Mas antes disso, Rita participou de outras formações musicais, como a banda Túlio’s Trio, que se apresentavam em bares de São Paulo e o conjunto musical com outras duas amigas, o Teenage Singers.
Apesar do grande sucesso com Os Mutantes, Rita se firmou no mundo musical, de fato, depois de sua saída (ou expulsão) d’Os Mutantes. O segundo disco lançado com a nova banda Tutti Fruti, chamado Fruto Proibido chegou a ser considerado um manual do rock nacional depois de emplacar os sucessos “Agora Só Falta você” e “Ovelha Negra”.
Em sua carreira, Rita Lee participou de diversos festivais, se juntou à Gilberto Gil em apresentações no início de sua carreira, e daí em diante lançou várias músicas que são sucesso até hoje. Muito fã de Beatles, Rita lançaria ainda um álbum com versões de canções da banda.
ANÚNCIO
Uma das amizades mais marcantes da vida de Rita Lee, foi com a também cantora Elis Regina. A união das duas aconteceu durante os anos de ditatura em um episódio em que Elis foi ao quartel onde Rita era mantida presa, para explicações e atendimento médico, já que Rita estava grávida.
A amizade entre as duas divas da música brasileira foi tão forte que, alguns anos depois, Elis Regina prestaria uma homenagem à amiga ao batizar sua filha como Maria Rita.
Sua figura era tão importante para a cena musical e cultural, que sua vida foi tema de exposições e a cantora ganhou até um bloco de carnaval em sua homenagem, o Bloco Ritaleena, de São Paulo.
Feminismo e causa animal
Nossa Santa Rita de Sampa sempre foi uma mulher que defendeu a independência e o empoderamento feminino. Em diversas entrevistas, Rita comentava sobre os preconceitos que passou no meio artístico, em especial, por cantar rock.
A cantora também era militante da causa animal. A artista, que vivia em seu sítio no interior de São Paulo, com o marido, contou que dedicava seu tempo à causa animal e aos seus pets. “Eu quase nunca saio da minha toca. A causa animal é parte de mim desde sempre. E me envolvo como posso para dar voz aos bichos”, explicou ela em uma entrevista.
· · ·
+ NOTÍCIAS:
Por que comemoramos o dia das mães em maio? Descubra as origens da data no Brasil e no mundo
· · ·
Siga e compartilhe
Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.
Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.
