Primeiro, Kristin Batykefer perdeu seu emprego de marketing quando houve uma mudança na administração. Então seu casamento acabou e ela de repente se viu sem renda e sem ter para onde ir, como contado nesta matéria publicada pelo site La Nacion sobre comunidade de mães.
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Para ajudá-la a se recuperar, duas amigas da família convidaram Batykefer e sua filha, agora com 4 anos, para ficar em sua casa de quatro quartos em Jacksonville, Flórida, EUA, no ano passado. Então a melhor amiga de Batykefer, Tessa Gilder, também se divorciou e veio ficar na casa, com seus dois filhos, agora com 5 e 1 ano.
Esta é uma tendência de cohabitação que parece estar ganhando cada vez mais adeptos em todo o mundo. As mulheres estão unindo forças sob o mesmo teto, compartilhando o fardo dos cuidados com os filhos e das contas domésticas, por meio do antigo poder da irmandade.
O compartilhamento de moradias não é novidade: as mães, principalmente aquelas em comunidades não-brancas, fazem isso há séculos. Mas a pandemia, além de um número crescente de lares de mães solteiras brancas não hispânicas nos Estados Unidos, colocou um novo foco na estrutura de constituir sua própria família.
“Nas culturas latinas, existe a ideia de uma co-madre, uma pessoa que te apoia e te ajuda a criar seus filhos”, disse Grace Bastidas, editora-chefe do Parents.com, ao La Nacion. “No auge da pandemia, todos nós começamos a criar esses grupos de pessoas, então é apenas mais uma interação desse tipo de parceria”.
Bastidas cresceu como mãe, junto com sua irmã e prima. Foi criada em casa pela mãe e pela tia, ambas solteiras e sem companheiro. “As mães solo, especialmente, estão fazendo malabarismos com o aumento do custo de vida e a redução das opções de creche”, disse ela. Ela acrescentou: “Isso faz parte da tendência que está sendo liderada pelos pais que ultrapassam os limites tradicionais do que é uma família e resolvem o problema com suas próprias mãos para encontrar soluções criativas”.
Para se ter uma ideia do cenário brasileiro, de acordo com dados do Boletim Especial 8 de Março, do Dieese, 50,8% das famílias no Brasil eram lideradas por mulheres até o segundo semestre 2022. As mulheres negras lideravam 21,5 milhões de lares (56,5%) e as não negras, 16,6 milhões (43,5%).
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A maternidade solo, segundo Naomi Torres-Mackie, psicóloga clínica que se concentra na saúde mental das mulheres na cidade de Nova York, muitas vezes cria tensão para o seu desempenho, acompanhado pelo estresse que surge quando uma pessoa não consegue acompanhar as diversas responsabilidades exigidas por sua vida social. “Compartilhar recursos é fundamental e pode ser um antídoto, não apenas para o estresse da maternidade, mas também para o isolamento social e o estigma”, disse ela.
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