“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para que os direitos das mulheres sejam questionados. Esses direitos não são permanentes”, nos alertou a filosofa Simone de Beauvoir. E os dados continuem sugerindo isso.
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Uma pesquisa desenvolvida pelo LinkedIn, por exemplo, destaca que a desaceleração econômica pode impactar em uma maior disparidade profissional entre homens e mulheres no Brasil e no mundo.
Um relatório Global Gender Gap 2023, do Fórum Econômico Mundial (FEM), revelou que, no primeiro trimestre de 2023, o número de mulheres em cargos de liderança caiu para 32% a nível mundial.
Ana Plihal, executiva de soluções de talentos do LinkedIn no Brasil, o cenário de incerteza econômica tende a prejudicar muito as carreiras de mulheres. “Quando você tem um momento de insegurança, tende a voltar para o modelo de trabalho que você conhecia antes”, afirmou em entrevista a BBC.
Apesar dos dados, o Brasil melhorou em relação a equidade de gênero no ambiente de trabalho, ocupando a posição 57ª no ranking mundial, melhor posição desde 2006. Contudo, a executiva destaca que se o ritmo atual for mantido, o país deve levar cerca 60 anos para atingir níveis adequados de equidade de gênero.
“É uma previsão alarmante para um problema tão atual”, afirma. “O modelo de pesquisa que eu conheço estimava uma redução para menos de 50 anos para nosso país um pouco antes da pandemia, ou seja, a gente retrocedeu”, explica a executiva.
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