Durante uma coletiva de imprensa da Copa do Mundo Feminina, a capitã Ghizlane Chebbak, da equipe do Marrocos, se viu em um situação extremamente complexa ao ser questionada por um jornalista da BBC, que não foi identificado, sobre relacionamentos LGBTQ+ dentro da equipe.
ANÚNCIO
“No Marrocos, é ilegal ter um relacionamento gay. Você tem algum jogador gay em sua equipe e como é a vida deles no Marrocos?”, questionou o profissional. Após a pergunta, o moderadora da coletiva refutou dizendo que era de natureza “política” e que os repórteres deveriam “se limitar às questões relacionadas ao futebol”.
A problemática da pergunta é que no Marrocos a homossexualidade é punível com pena de prisão entre seis meses e três anos e multa. No país, pessoas LGBTQ+ também enfrentando censura e não contam com proteção contra discriminação.
De acordo com o The Pink News, após a situação, a BBC emitiu um pedido de desculpas pelo posicionamento do profissional.
Steph Yang, redatora de esportes de futebol do The Athletic, observou que a pergunta não era “apropriada” de uma “perspectiva de redução de danos”, pois “teria colocado as próprias jogadoras em perigo”.
“É por isso que lutamos pela diversidade na mídia esportiva”, disse ela. “Essa pergunta coloca essas jogadoras em perigo. Aqueles de nós que estiveram lá, sabem disso”.
+ Copa do Mundo Feminina
ANÚNCIO
Cazé TV bate recorde com estreia do Brasil na Copa do Mundo Feminina
Copa do Mundo Feminina: jogadoras ganharão salários inferiores aos dos homens
O que são as braçadeiras da Copa do Mundo Feminina e por que foram criadas?
· · ·
Siga e compartilhe
Você gostou deste conteúdo? Então siga a NOVA MULHER nas redes sociais para acompanhar mais novidades e ter acesso a publicações exclusivas: estamos no Twitter, no Instagram e no Facebook.
Aproveite e compartilhe os nossos textos. Seu apoio ajuda a manter este site 100% gratuito. Cada contribuição é muito valiosa para o trabalho da nossa equipe de redatores e jornalistas.