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Comitê Olímpico da Argélia se manifesta sobre polêmica com atleta de boxe feminino nas Olímpiadas

Imane Khelif venceu a luta contra a italiana Angelina Carini após desistência da adversária

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Um dos assuntos mais debatidos dos atuais Jogos Olímpicos não se referem os grandes desempenhos dos atletas, as vitórias ou derrotas e cenas de espírito esportivo. Mas sim a participação da atleta da Argélia em modalidade feminina de boxe.

Representando Argélia, um país cuja religião é o Islã, Imane Khelif foi defendida pelo Comitê Olímpico do país. O debate repercutiu depois da atleta encaixar um golpe no nariz da italiana que não suportou a dor e desistiu do combate após 46 segundos do início.

No entanto, diversos perfis na internet acusaram a lutadora argelina de ser trans e afirmaram que a atleta é homem. Por outro lado, o Comitê Olímpico da Argélia afirma que são “ataques maliciosos e antiéticos”. Continue lendo para conhecer a melhor a situação.

Atleta argelina de boxe possui anomalia hormonal natural

Apesar do tema ter dominado a internet nas últimas horas, não há nenhuma evidência de que Imane Khelif seja mulher trans.

Khelif nasceu com uma anomalia hormonal em decorrência do desenvolvimento sexual que leva o corpo a produzir naturalmente quantidades de testosterona semelhantes ao corpo masculino.

Essa condição fez a atleta ser impedida de participar de determinadas competições de boxe depois que exames detectaram níveis altos do hormônio predominante em homens. Por outro lado, o Comitê Olímpico Internacional autorizou a participação da atleta no boxe feminino.

Apesar disso, Imane Khelif já sofreu derrotas no ringue de boxe em combates com outras atletas mulheres, uma delas na final de torneio profissional.

Atleta brasileira participou quatro Olimpíadas com mesma disfunção que Imane

Edinanci Silva disputou 4 Olimpíadas defendendo as cores brasileiras. A atleta de judô também produz mais testosterona do que a maior parte das mulheres.

Comitê Olímpico da Argélia se posicionou sobre atleta intersexo

Quando o corpo feminino produz níveis altos de testosterona, é comum que sejam feitos testes de feminilidade. No caso de Imane, a atleta nasceu intersexo, portanto, não tem relação com ingestão de hormônios ou processo de transição de gênero.

“O Comitê Olímpico da Argélia denuncia com a maior firmeza os ataques maliciosos e antiéticos dirigidos contra nossa ilustre atleta Imane Khelif por alguns meios de comunicação estrangeiros. Estas tentativas de difamação, baseadas em mentiras, são completamente injustas, especialmente num momento crucial em que ela se prepara para os jogos olímpicos, o auge de sua carreira”, lê-se na manifestação.

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