Lembram-se do skate voador de Marty McFly em “De Volta para o Futuro”? Para muitos, uma lembrança impactante: ver na tela algo que só podíamos imaginar em sonhos. Naquela época, acreditávamos que o futuro seria assim, como mostrado no filme, mas não aconteceu. No entanto, há um pedacinho de toda essa ficção científica que está prestes a se tornar um elemento de nossa vida diária: a levitação magnética, também conhecida como Maglev. E gera um efeito “similar” ao deste skate.
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Para esclarecer o uso de termos paralelos desde o início, Maglev vem exatamente do anglicismo “Magnetic Levitation”, que não significa outra coisa senão Levitação Magnética. Em poucas palavras, este termo refere-se à capacidade de fazer com que um objeto permaneça suspenso no ar utilizando apenas forças magnéticas.
Para ilustrar de forma mais fácil, podemos tomar como referência o exemplo mais básico, claro e universal: imaginemos dois ímãs, cada um com suas duas polaridades. Se aproximarmos os polos iguais, ambos positivos ou ambos negativos, eles se repelem. Portanto, a Levitação Magnética em princípio aproveita essa força de repulsão para fazer um objeto levitar com uma contraforça suficiente para gerar esse fenômeno de flutuação por meio de um sistema de controle.
A Levitação Magnética Maglev, pode-se dizer, é atualmente uma tecnologia em constante evolução. Os pesquisadores estão trabalhando em novos materiais e técnicas para melhorar a eficiência e reduzir os custos dos sistemas. Atualmente, está sendo usada em transporte, arquitetura e até mesmo saúde.
Uso em trens, carros e mais
A levitação magnética é a tecnologia do futuro para os sistemas de transporte em massa. Além de ter um mecanismo de baixa emissão, pois gera sua própria energia, alcança velocidades impressionantes. Isso foi demonstrado com os trens maglev, instalados em países como Japão, China e Coreia do Sul, e em projetos semelhantes que já estão em fase de testes, como Estados Unidos e Itália.
Antes de mais nada, devemos saber que um trem de levitação magnética realmente se eleva acima de suas vias. Seu princípio mais fundamental é o uso de energia através de ímãs, que faz com que o corpo se impulsione e se mantenha levemente suspenso no ar. O trem em si se move graças à interação dos campos magnéticos.
Existem dois sistemas que se destacam como alternativas para os países que desejam instalá-los: o Maglev Eletromagnético e o Maglev Eletrodinâmico. Ambos têm os mesmos princípios de campos magnéticos, mas o segundo tem a capacidade de criar supercondutores com repulsão, o que permite que o trem atinja velocidades muito mais altas.
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Parecem do futuro
Este princípio também foi aplicado pensando no desenvolvimento de automóveis. Um grupo de pesquisadores japoneses apresentou um projeto nessa área. Desenvolvido por cientistas da Unidade de Máquinas Quânticas do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST), a "estrada magnética de alta eficiência" consiste em uma via que permite que objetos, como carros, levitem sobre ela sem a necessidade de motores, baterias ou qualquer outro tipo de propulsão tradicional.
Ao não existir "atrito", haveria menos desgaste das peças. A alimentação energética seria nas vias e não no veículo. Seria uma mudança total em relação ao que conhecemos hoje. Um elevador com essa tecnologia já existe na Alemanha, então esse tipo de princípio energético já está sendo aplicado em muitas áreas. No final de julho deste ano, até mesmo foi realizado o primeiro transplante de um coração de titânio que funcionava internamente com peças impulsionadas por levitação magnética e a operação foi um sucesso. Em laboratórios, isso também é utilizado hoje para separar células. Este é apenas o início de um desenvolvimento tão impactante quanto o da Inteligência Artificial.
