A intensa busca de outro planeta em sistemas solares próximos ao nosso não cessa na comunidade científica. O número de estrelas como o Sol e de exoplanetas na Via Láctea e em outras galáxias é de bilhões. Assim, por uma questão de estatística ou descarte, em algum lugar deve haver uma civilização ou vida como a nossa.
No entanto, os cientistas não se preocupam tanto com distâncias de bilhões de anos-luz. Astrônomos, astrofísicos e engenheiros estão de olho em Próxima Centauri, que é a estrela mais próxima ao nosso Sistema Solar. Na verdade, ela é notavelmente visível em nosso céu noturno.
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Mas apesar de sua proximidade, a distância que nos separa é praticamente impossível de alcançar com a tecnologia atual. Próxima Centauri está a 40 trilhões de quilômetros; 25 trilhões de milhas; ou 4,24 anos-luz de distância.
A única maneira de acessar, pelo menos com uma sonda espacial, seria com uma nave que alcançasse velocidades próximas à velocidade da luz. A NASA tem um projeto que ainda é teórico, mas que tem possibilidades de se tornar realidade: uma máquina impulsionada por um feixe de elétrons que nos leve em direção à estrela massiva.
Podemos ir para Proxima Centauri
O projeto chama-se PROCSIMA (Photon-paRticle Optically Coupled Soliton Interstellar Mission Accelerator), uma proposta inovadora que combina tecnologia de feixe de fótons e partículas para propulsão interestelar. Esta iniciativa, financiada pelo programa NASA Innovative Advanced Concepts (NIAC), tem o potencial de tornar realidade a exploração de Próxima Centauri e seus planetas.
A PROCSIMA propõe uma solução que é vista na comunidade científica como algo revolucionário para um dos maiores desafios da propulsão espacial: a dispersão do feixe à medida que a nave espacial se afasta de sua fonte de energia.
Os métodos tradicionais de propulsão, como foguetes químicos, requerem uma enorme quantidade de combustível para atingir velocidades significativas, o que limita sua viabilidade para missões de longo alcance. Em contraste, o PROCSIMA utiliza uma combinação de feixe de luz e partículas para gerar empuxo sem a necessidade de levar propulsor a bordo, permitindo assim atingir velocidades próximas a 10% da velocidade da luz.
O uso simultâneo de um feixe de fótons e um feixe de partículas reduz a dispersão de ambos, permitindo que o impulso permaneça eficaz ao longo de distâncias muito maiores. Esse avanço poderia permitir que uma sonda de um quilograma sobrevoasse a estrela Próxima Centauri em um período estimado de 42 anos, uma conquista que mudaria para sempre nossa capacidade de explorar o cosmos, conforme explicado pela NASA em seu blog oficial.